Cidades

Deputados aprovam nome do presidente do BRB após sabatina na Câmara

postado em 17/02/2011 14:15

O presidente do Banco de Brasília (BRB), Edmilson Gama, indicado ao cargo pelo governador Agnelo Queiroz, foi sabatinado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) pelos deputados da Comissão de Economia e Justiça, na manhã desta quinta-feira (17/2). Os parlamentares fizeram perguntas ao presidente durante três horas - entre 10h e 13h - e aprovaram o nome dele para o cargo, que já ocupava interinamente há 15 dias.

Edmilson respondeu a vários questionamentos, entre eles, as transações irregulares feitas em gestões anteriores, as denúncias da Operação Aquarela (veja memória abaixo), e quais seriam as possibilidades de o banco ser vendido - fantasma que já assombra o BRB há anos.

Ele rebateu ambas as perguntas, dizendo, para a primeira, que todos os contratos sob suspeita passam por revisão e auditorias internas e externas. Edmilson também negou uma possível venda do banco. "Não há possibilidade de venda, não é a vontade do governo, nem a nossa. Nosso objetivo é fortalecer a instituição, oferecer melhores produtos e ampliar o número de correntistas", argumentou.

O novo presidente anunciou ainda o plano de trabalho para os 100 primeiros dias no banco, que inclui um projeto para colocar as contas do BRB no azul. Ele também disse que pretende substituir, gradativamente, o grande contingente de funcionários terceirizados por concursados.

Deputados da comissão de Economia e Justiça elogiaram a capacidade de Edmilson Gama gerir os problemas em apenas 15 dias como presidente. Ele agradeceu e disse, durante discurso que sua gestão será com "prudência, controle e governança".

MEMÓRIA

Operação Aquarela
A Operação Aquarela, iniciada em 2007 foi uma ação conjunta entre a Polícia Civil, Receita Federal e Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), que apurou esquemas de desvios de verba.

Por meio de escutas telefônicas, a Operação comprovou que Joaquim Roriz, então senador, e o empresário Nenê Constantino foram beneficiados por um cheque de R$ 2,2 milhões, valor dividido entre os dois.

Na época, o então presidente do BRB, Tárcio Franklin, autorizou desconto irregular do cheque no Banco do Brasil, mesmo sem garantias de que havia fundo.

O cheque foi sacado na tesouraria do BRB, sem que que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras fosse comunicado.

Roriz justificou o dinheiro alegando que era um empréstimo que seria usado para a compra de uma bezerra. O ex-senador renunciou para não perder o mandato.

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