Cidades

Suspensão de nomeações e de seleções do GDF preocupam concurseiros

postado em 19/02/2011 07:00
Depois de garantirem a aprovação em concurso, Alisson (E), Luiz Carlos Lopes (C) e Leonardo (D) aguardam uma solução positiva para o impasseNa próxima semana, um levantamento detalhado da necessidade de pessoal e da disponibilidade de recursos financeiros de todas as secretarias e órgãos do Distrito Federal deve chegar às mãos do governador Agnelo Queiroz (PT). A partir daí, caberá ao chefe do Executivo analisar as prioridades e decidir pela possível suspensão de novos concursos públicos no DF, bem como das nomeações de mais servidores pelos próximos seis meses. A possibilidade, ainda em estudo pelo governo local, foi anunciada, com exclusividade, na edição de ontem do Correio e assustou quem foi aprovado nos últimos certames promovidos pela administração local, bem como os concurseiros que ainda se preparam para tentar uma das 10.570 vagas autorizadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2011 ; em seleções como a do Departamento de Trânsito (Detran-DF), da Secretaria de Educação, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e do Metrô.

Alisson Marques de Oliveira, 19 anos, Leonardo Aquino Cardoso, 24, e Luiz Carlos Lopes, 26, garantiram no ano passado a aprovação para o cargo de técnico administrativo em assistência social. À espera da convocação, foram pegos de surpresa com a notícia da possível suspensão temporária. Informados sobre o assunto em uma reunião realizada na última quarta-feira com integrantes do governo, eles querem entender o porquê dessas determinações. ;Sem as convocações, a secretarias da Criança e do Adolescente e a da Mulher vão ficar desfalcadas. Hoje, existem cerca de 2.700 cargos vagos na Secretaria de Estado e Justiça, só para o nível técnico. Esperamos que essas medidas não sejam adotadas;, afirma Alisson.

Já Leonardo Aquino teme que, nestes seis meses de espera para o ajuste das contas governamentais, outras pessoas sejam contratadas para as vagas em cargos comissionados. ;Fomos informados sobre um decreto e temos medo de que esse seja um instrumento de manobra política. O concurso previa 71 vagas, além de 400 contratações para o cadastro de reserva. Até agora, só 238 pessoas foram chamadas. Na lista de convocação, esperava-se que, pelo menos, 656, já ingressassem em janeiro deste ano no serviço público;, explica. Empenhados em impedir que essa realidade se concretize, os três e as comissões de aprovados em concursos das secretarias de Justiça, Direito Humanos e Cidadania (Sejus) e de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) ; ambos realizados em 2010 ; decidiram organizar, na próxima segunda-feira, uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti. A partir das 9h, eles pretendem deixar clara a posição contrária à suspensão.

Segundo o secretário de Administração, Denílson Bento da Costa, a hipótese de adiamento dos certames e das nomeações ainda está sendo estudada e nada foi definido. ;Vamos passar todos os dados levantados com as pastas para o governador. Ele tomará as medidas cabíveis e decidirá o que fazer;, destaca. O GDF afirma que a decisão será apresentada nas próximas semanas. Além de um deficit de R$ 500 milhões referentes ao pagamento de pessoal, o governo local tem hoje em seus quadros 10 mil servidores nomeados no último ano sem a devida previsão orçamentária, e outros 500 em cargos que não foram criados legalmente. Para resolver o problema, o Executivo avalia algumas medidas. Uma das possibilidades é enviar para análise da Câmara Legislativa uma proposta de ampliação no número de funcionários das respectivas secretarias em que o problema das vagas ilegais foi identificado.

Leia a íntegra da reportagem na versão impressa do Correio

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