postado em 20/02/2011 07:00
Concursos públicos e nomeações para áreas consideradas prioritárias na gestão de Agnelo Queiroz (PT), como Saúde e Educação, deverão ser mantidos pelo GDF. Seleções previstas para atender outras pastas, assim como a convocação de candidatos já aprovados, só serão realizadas depois de uma ampla análise do governo. Após detectar problemas administrativos e inadequações no quadro de servidores locais, a administração vai controlar as nomeações de acordo com as necessidades reais.Na última sexta-feira, o Correio revelou que o GDF estuda a possibilidade de suspender a realização de certames, bem como processos de nomeação em andamento, por cerca de seis meses. Após inaugurar uma praça, ontem,em Ceilândia, o governador Agnelo Queiroz disse que, caso seja necessário, os concursados serão chamados para atuar nos setores mais críticos. ;O quadro de servidores está sendo examinado. Ainda não há decisão sobre a suspensão dos concursos, mas, se houver necessidade, vamos chamar as pessoas, como estamos fazendo na área de Educação;, afirmou o petista.
Técnicos do governo encontraram vários problemas herdados da gestão anterior referentes ao funcionalismo, como a nomeação irregular de aproximadamente 10 mil pessoas no último ano. Os funcionários foram convocados sem que a previsão de vagas constasse da Lei Orçamentária Anual (LOA). Além disso, outras 500 pessoas ocupam atualmente cargos nunca previstos em lei.
Em virtude disso, o atual governo herdou um deficit orçamentário de R$ 500 milhões com o pagamento de pessoal. A suspensão dos concursos seria uma das ações que podem ser adotadas. ;O grau de desorganização e irresponsabilidade no quadro é imenso. Teremos que alterá-lo para contratar mais gente;, disse Agnelo, lembrando que a Câmara Legislativa já aprovou a ampliação do número de servidores da Saúde, por meio do Pacote da Saúde encaminhado pelo Executivo.
Na LOA de 2011 estão previstas as nomeações de 9.520 novos funcionários públicos no DF. As contratações, algumas delas já efetivadas, como a de 400 professores, custariam aos cofres públicos aproximadamente R$ 426 milhões por ano. Além disso, podem ser admitidos outros 1.050 servidores em novas carreiras, com custo estimado em R$ 78 milhões anuais.