postado em 22/02/2011 20:42
O cirurgião bariátrico Lucas Seixas Doca Júnior, investigado pela morte da psicóloga Maria Cristina Alves da Silva, foi interrogado no Tribunal do Júri na segunda-feira (21/2). A sessão teve início por volta das 15h40 e durou cerca de sete horas. A audiência marcou o encerramento da fase de instrução.Segundo a promotora de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde, Natalia do Carmo Rios, Lucas ;narrou sob a perspectiva dele todos os eventos, justificou todas as condutas e refutou todas as provas, como esperado;. Para ela, porém, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) conseguiu reunir indícios suficientes para responsabilizar o réu.
Os próximos passos do processo envolvem a manifestação das partes envolvidas, tanto defesa quanto acusação, sobre o que foi levantado nas audiências. O juiz decidirá apenas após essa etapa.
De acordo com a promotora, Lucas continua com suas atividades habituais. A outra denúncia contra o médico, motivada pela morte da professora de direito Fernanda Werling, tambem submetida a cirurgia bariátrica, está em fase de ouvir testemunhas.
[SAIBAMAIS]A psicóloga Maria Cristina Alves da Silva, 37 anos, morreu em 18 de fevereiro de 2008, nove dias depois de uma operação de redução de estômago realizada por Lucas Seixas. O médico foi denunciado pelo MPDFT por homicídio com dolo eventual ; quando não tem a intenção de matar, mas assume o risco ao adotar determinada conduta.
Para o órgão, Maria Cristina teria sido levada à intervenção bariátrica em desconformidade com a lei, sem se enquadrar no padrão necessário do Índice de Massa Corporal (IMC) para o procedimento.