postado em 04/03/2011 07:00
O trânsito na Ponte JK deve ser normalizado no próximo dia 11, segundo estimativa da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Até lá, técnicos da empresa contratada de forma emergencial farão a troca de dois aparelhos que apoiam a estrutura. Os equipamentos chegaram ontem a Brasília. Em 20 de janeiro, o tráfego na ponte chegou a ser interrompido após oscilações na estrutura serem detectadas. Como medida preventiva, a velocidade máxima da via foi reduzida de 60km/h para 40km/h. Além disso, foi proibida a passagem de caminhões no local. Para garantir a fiscalização, equipes do Departamento de Trânsito (Detran) e da Polícia Militar estão de prontidão nas extremidades da ponte. O valor aproximado da manutenção que será realizada pela empresa Protende Sistemas e Métodos de Construções é de R$ 721 mil. A assessoria de comunicação da Novacap garantiu que o trânsito não sofrerá alterações durante a reforma. A troca das peças será feita de forma gradual e os motoristas não devem perceber o impacto da ação. Na próxima sexta-feira, o tráfego voltará ao normal, entretanto, segundo a Novacap, a liberação dos caminhões só será decidida após a entrega.
A substituição dos aparelhos é resultado do desgaste das peças ao longo dos últimos oito anos, quando a ponte foi inaugurada. Como resultado da falta de manutenção, houve o desnivelamento da estrutura e oscilações na pista. O problema foi detectado depois que ciclistas afirmaram a bombeiros que sentiram a ponte balançar. Desde então, a Secretaria de Obras, a Novacap e o Detran anunciaram diversas medidas.
Orçamento milionário
A Ponte JK começou a ser construída em 2000, na gestão do ex-governador Joaquim Roriz, e foi inaugurada em 15 de dezembro de 2002. O monumento de 1,2km de comprimento e 40m de altura recebeu o título de mais bela ponte do mundo em 2003, durante a Conferência Internacional de Pontes. Foram gastos na estrutura R$ 186 milhões, valor cinco vezes maior do que a estimativa inicial. O Ministério Público acusou Roriz de desvio de recursos da Saúde para as obras da ponte e de superfaturamento dos materiais, mas ninguém foi condenado.