Cidades

Sírio-Libanês terá centro de oncologia para 800 pacientes por mês

Antonio Temóteo
postado em 10/03/2011 07:00
Fernandes, coordenador médico: Brasília receberá até o fim deste semestre uma unidade do Hospital Sírio-Libanês (HSL) especializada no tratamento de câncer. O Centro de Oncologia entrará em operação na primeira quinzena de junho, com capacidade para realizar 800 consultas e 600 aplicações de quimioterapia por mês. Serão investidos R$ 6 milhões na construção do prédio de 2,4 mil metros quadrados, na Quadra 613 Sul. O edifício terá três andares, 12 suítes e seis consultórios. Cinquenta profissionais e quatro médicos trabalharão na clínica. ;Meu desejo de trabalhar em Brasília casou com a vontade do hospital em expandir para outras regiões;, disse o diretor-geral do Centro de Oncologia do HSL, Paulo Hoff.

A ideia de implantar uma unidade na capital federal surgiu após estudos e discussões entre membros do hospital. ;Detectamos um número grande de brasilienses que faziam tratamento no Sírio-Libanês em São Paulo. Sem contar que a cidade está em franco crescimento;, constatou Hoff. O atendimento aos pacientes em Brasília poderá ser feito por meio de convênio médico, mas o diretor-geral adiantou que as negociações com as operadoras de saúde ainda estão em curso. Hoff visitará a capital federal quinzenalmente para coordenar os trabalhos administrativos, mas não abrirá uma agenda de atendimento na cidade. Essa atribuição ficará a cargo da equipe médica montada exclusivamente para trabalhar no Distrito Federal.

Na avaliação do futuro coordenador médico do Centro de Oncologia de Brasília, Gustavo dos Santos Fernandes, a unidade atenderá crianças e adultos com os mesmos níveis de humanização e qualidade oferecidos no HSL de São Paulo. Fernandes antecipou à reportagem do Correio que em até duas semanas a estrutura física da unidade estará pronta. O médico esclareceu ainda que, em médio prazo, uma ala de radioterapia também estará em funcionamento.

;Em um projeto futuro queremos estabelecer o tripé assistência, pesquisa e ensino. Quando começarmos a ter um número alto de pacientes, tornam-se viáveis algumas pesquisas, e os pacientes poderão se beneficiar com tratamentos experimentais. Esses estudos oferecem um horizonte e os resultados podem se transformar em novos tratamentos;, explicou. Fernandes afirmou ainda que a chegada da clínica ao DF vai melhorar a estrutura de atendimento oferecida na capital federal. ;Queremos nos aliar aos médicos e aos hospitais para que os pacientes não precisem sair de Brasília;, disse.

Profissionais

Para garantir a qualidade do atendimento oferecido em São Paulo, Hoff afirmou ainda que encontrou excelentes profissionais em Brasília. O diretor-geral do Centro de Oncologia do HSL revelou que escolheu os dois melhores residentes que orientou para trabalhar na unidade da capital federal. Fernandes é um deles. ;Esse convite foi um grande presente. Uma oportunidade de trabalhar em um centro de oncologia de renome nacional e de altíssima qualidade e nível técnico;, orgulha-se o médico Alessandro Leal, 32 anos, que já se mudou para a capital federal. Ele estava morando em São Paulo, recebeu uma proposta de voltar aos Estados Unidos, onde trabalhou por um tempo, mas preferiu Brasília.

O diretor-geral do Centro de Oncologia adiantou que a ideia de trazer a unidade para Brasília não se resume na excelência do tratamento oferecido pelo Sírio-Libanês. ;Gostaríamos de aprofundar parcerias, principalmente com a UnB (Universidade de Brasília). Queremos trabalhar com a instituição;, aponta. O diretor-geral explicou que, por ser uma entidade filantrópica, o Hospital Sírio-Libanês faz grandes investimentos nas áreas de ensino e pesquisa, modelo de trabalho que ele pretende oferecer na capital federal.

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