postado em 14/03/2011 08:42
A greve dos metroviários já causa transtornos, nesta manhã de segunda-feira (14/3), aos 150 mil usuários que utilizam os veículos diariamente. Apenas sete trens circulam pelas estações no horário de pico - que deve durar até às 9h30. Normalmente, segundo informações da assessoria de imprensa da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF), 22 veículos costumam fazer o transporte neste horário. O intervalo de espera é de 30 minutos. Já nos horários em que há menos movimento, só quatro trens vão fazer o transporte, quando normalmente é feito por 12 vagões. O tempo de espera estimado deve ficar entre 40 e 50 minutos.[SAIBAMAIS]Segundo o Metrô, até por volta das 8h, nenhuma confusão havia sido registrada, mas informam que há uma dificuldade para os usuários pelo fato de as estações estarem cheias. Para evitar mais problemas, o Transporte Urbano (DFTrans) reforçou os ônibus nas ruas de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Plano Piloto e Guará. Cerca de 200 coletivos foram deslocados para essas áreas.
O coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô), Israel Almeida Pereira, explicou que a greve pode terminar ainda hoje. A categoria tem uma reunião agendada às 15h no anexo do Palácio do Buriti com os secretários de Administração, Denilson Bento da Costa, e de Governo, Paulo Tadeu. "Vamos trazer de fato a resolução do problema para o governo e esperamos uma boa negociação", comenta Israel. Os metroviários já têm uma assembleia prevista para às 10h de terça-feira (15/3).
Reivindicações
A paralisação é um modo dos metroviários pressionarem os patrões para assinarem novos acordos da data base, que vence em 1; de abril e garante benefícios a categoria. Além disso, o coordenador do Sindicato afirma que os funcionários querem a realização de concurso público, aumento salarial de 25% e o cumprimento do artigo 170 da Lei Orgânica - que prevê que um terço dos cargos de diretoria sejam ocupados por servidores concursados do órgão. "Atualmente todos os diretores são comissionados e indicações políticas. Achamos que grande parte dos problemas sejam acarretados porque essas pessoas não têm conhecimento interno da empresa", diz Israel Almeida.