postado em 21/03/2011 11:36
Apenas quatro cooperativas de transporte público continuam paralisadas na manhã desta segunda-feira (21/3). No início da manhã o número atingiu sete. O movimento é uma forma dos patrões pressionarem o governo a os ajudarem de alguma forma. Segundo um dos diretores do Sindicato dos Rodoviários, Francisco de Assis, a decisão veio da própria cooperativa e não dos funcionários. "Apenas a Coopatram está em greve após uma decisão dos funcionários que estão com salários atrasados", comenta.[SAIBAMAIS]São elas a Cooperativa dos Profissionais Autônomos de Transporte (Coopatram), que está paralisada desde o último dia 11, e as outras três iniciadas hoje: a Cooperativa do Transporte Público Alternativa (Coopertran) - circula na região de Sobradinho e nos condomínios -, a Cooperativa de Transportes do Distrito Federal (Cootarde) - que atende toda a região de Ceilândia -, e a Cooperativa Brasiliense de Transportes Autônomos, Escolares, Turismo e Especiais do Distrito Federal (Coobrataete) - que roda no Paranoá e São Sebastião.
Negociação
Representantes das três cooperativas estão reunidos, desde às 10h50, com o diretor do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) Marco Antônio Campanella. O encontro pretende buscar uma solução definitiva para as cooperativas da cidade. "A nossa proposta não é eliminar esse transporte alternativo, mas resolver o problema e melhorar a posição de cada uma", afirma.
O diretor do DFTrans explica que um estudo técnico mostra que as cooperativas estão sem receita por conta do edital de 2007, em que elas foram lançadas em um financiamento com práticas ruins para os empresários. "Elas foram lançadas irresponsavelmente em financiamentos ruins. O edital fugiu as regras de juros e condições de pagamento. Elas foram estranguladas, quer dizer, ainda são", comenta Campanella.
Ele também afirma que nem todos os problemas das cooperativas são relacionados ao edital, apesar de serem em sua maioria. Campanella diz que em algumas há um problema de gestão, no caso das cooperativas que tiveram muitas trocas na direção. "Não queremos eliminar o transporte alternativo, mas a nossa proposta é procurar uma solução diferenciada para cada cooperativa", explica.
Antônio Campanella garantiu que após a reunião se as cooperativas não voltarem a rodar, o DFTrans vai procurar uma solução para não prejudicar as pessoas que dependem do serviço. "Se for preciso vamos realocar linhas de ônibus. Esperamos que o problema seja solucionado ainda hoje", finaliza.