Um adolescente de 15 anos foi assassinado a tiros na madrugada desta sexta-feira (25/3), no Parque Veredinha em Brazlândia. O crime aconteceu, por volta da 0h, quando o jovem caminhava com amigos até a quadra 12. De acordo o delegado-chefe-adjunto da 18; Delegacia de Polícia (Brazlândia), Fernando Cocito, os disparos atingiram a artéria femoral, o que acabou levando à morte.
O jovem seguia com três amigos, dois de 16 e um de 17 anos, em um caminho de terra, quando foi surpreendido por duas pessoas que saíram encapuzadas do meio de um matagal. Um deles disparou na direção dos adolescentes. Segundo o delegado, o outro, a princípio, estava apenas fazendo o cerco. "Pelo menos cinco disparos foram efetuados. Três jovens foram atingidos", afirma.
O adolescente de 15 anos morreu no hospital. Os outros dois jovens ficaram feridos de raspão na perna e na cabeça. Todos foram socorridos no Hospital Regional de Brazlândia. Apenas o quarto adolescente não sofreu qualquer lesão.
Retaliação
De acordo com Fernando Cocito, a polícia trabalha com duas linhas de investigação. A primeira delas indica que o crime tenha sido realizado como uma retaliação de uma decisão judicial. "Uma facção criminosa que atua no Setor Veredas sofreu um duro golpe. O líder, conhecido como Lulinha, foi condenado na noite de ontem a 15 anos de prisão. Na segunda-feira, prendemos o segundo líder, conhecido como Bigula, cumprindo mandado de prisão provisória. Na semana anterior, a Polícia Militar prendeu outro membro, o Fernando Babuíno, por receptação de veículo", explica o delegado.
Revoltados com a série de prisões, os demais criminosos da quadrilha, de acordo com a tese da polícia, decidiram praticar mais crimes. A polícia descarta a possibilidade de coincidência, por isso, investiga essa opção. "A gente faz essa correlação porque parte da facção foi presa nos últimos dias. Pode existir essa relação. Já existem alguns suspeitos e a equipe está em campo", comenta.
A outra linha de investigação trata de uma apuração mais detalhada da vida dos adolescentes. Fernando afirmou que nenhum deles tinha passagem pela polícia ou informações de envolvimento em atos infracionais. "Mas precisamos fazer um estudo da vida das vítimas. Ver se existe envolvimento com drogas ou dívidas pelo mesmo motivo. Tudo isso tem que ser investigado", diz o delegado.