Cidades

Defesa de Jaqueline Roriz quer fim do processo na Corregedoria da Câmara

postado em 29/03/2011 07:00
Os defensores de Jaqueline Roriz (PMN) solicitaram ontem que a Corregedoria da Câmara dos Deputados arquive a investigação contra a cliente, acusada de suposto recebimento de caixa dois na campanha eleitoral de 2006. A parlamentar foi flagrada em vídeo, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo um maço de dinheiro do delator do escândalo da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, à época em que se preparava para disputar uma vaga na Câmara Legislativa. O argumento é que Jaqueline já responde representação idêntica no Conselho de Ética da Casa e que seria %u201Cinsustentável%u201D a manutenção de duas peças semelhantes na instituição. O PSol é autor dos dois pedidos de apuração da conduta da então candidata a distrital. A estratégia de esvaziar uma das linhas de investigação dá mais tempo para a elaboração da defesa de Jaqueline Roriz. No documento de seis páginas %u2014 que é assinado pelos advogados Eduardo Alckmin e Rodrigo Barbosa de Alencastro %u2014, entregue ontem às 16h45 na Corregedoria, não há qualquer explicação para o fato de a deputada ter recebido recurso de origem desconhecida das mãos do ex-secretário de Relações Institucionais do GDF. Mesmas suspeitas A manifestação apenas destaca o fato de Jaqueline ser alvo de outra representação, que trata das mesmas suspeitas, na Casa. Segundo Alckmin, a investigação na Corregedoria está prejudicada porque o seu objetivo seria o de provocar a abertura de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa, que já está em andamento. %u201CComo a deputada já responde por um processo no conselho, não há porquê continuar com as investigações da Corregedoria%u201D, disse Alckmin. Um dos trechos do documento diz que %u201Co pano de fundo para ambas as representações é a narrativa de uma mesma história%u201D. O corregedor da Câmara dos Deputados, Eduardo da Fonte (PP-PE), tem prazo de 45 dias, prorrogável por igual período, para produzir parecer sobre o caso de Jaqueline Roriz. Ele não estava em Brasília ontem, mas a assessoria de imprensa dele informou que Fonte só se pronunciará sobre o assunto depois de ler o documento entregue pelos advogados da parlamentar. Assim que for concluído, o relatório do corregedor será enviado ao Conselho de Ética. Se a deputada for condenada por quebra de decoro, poderá ter o mandato cassado e perder os direitos políticos pelos próximos oito anos.

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