postado em 29/03/2011 14:08
O Partido Popular Socialista (PPS) decidiu, durante reunião do diretório nacional, que não vai abrir um processo para investigar o atual secretário de Justiça do Distrito Federal Alírio Neto, integrante da legenda. O deputado distrital licenciado é acusado de receber uma mesada mensal de R$ 90 mil durante gestão do ex-governador José Roberto Arruda. A denúncia foi revelada pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, na Operação Caixa de Pandora.Segundo o presidente do diretório regional do PPS, Aldo Pinheiro, o partido não encontrou na denúncia veiculada nenhum depoimento concreto que indicasse a necessidade de abrir um processo. "A denúncia não tem nenhuma comprovação e não temos elementos para abrir uma averiguação interna. Precisamos aguardar os fatos", explica.
Alírio Neto esteve presente no encontro que já tinha o assunto em pauta, mas de acordo com Aldo Pinheiro não era exclusivamente para tratar da denúncia. Na ocasião, o secretário de Justiça levou documentos ao diretório em que demonstrou sua visão e deu explicações sobre as denúncias. "Não temos como duvidar do que foi dito. Ele (Alírio Neto) levou o documento espontaneamente com sua visão. No momento não temos elementos para sustentar uma investigação. Se houver fatos concretos naturalmente que o partido vai se posicionar como prevê o estatuto", informa Aldo Pinheiro.
Denúncia
[SAIBAMAIS]Em depoimento ao Ministério Público, em março do ano passado, Durval Barbosa revelou os supostos repasses feitos a Alírio Neto, que, na época, também estava à frente da Secretaria de Justiça. O ex-secretário de Relações Institucionais teria declarado, ainda, que o recurso era desviado de empresas contratadas pelo Detran e pela Secretaria de Justiça. Mas o secretário garantiu que jamais recebeu dinheiro dele.