Três pessoas foram presas em flagrante na manhã desta quarta-feira (30/3), em Ceilândia, em consequência do cumprimento de mandatos de busca e apreensão. De acordo com o delegado Rodrigo Pires, da Coordenação de Repressão a Drogas (CORD) da Polícia Civil, a ação de hoje é continuação de uma operação realizada no último sábado (26/3), que resultou na prisão de sete membros de uma quadrilha que enviava drogas para o Nordeste.
Fábio de Brito Nascimento, o "Bailão", 39 anos, e sua companheira, Andréia de Souza Leite, 30, foram presos na QNN 7 da Ceilândia, acusados de tráfico de drogas e associação para o crime. Fábio tinha passagens pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e homicídio, e Andréia por tráfico de drogas e lesão corporal leve. Com o casal foram encontrados 200 g de ácido bórico (usado na preparação do crack), duas latas de merla, dois veículos adquiridos como produto do tráfico, uma pequena quantidade de dinheiro e um liquidificador utilizado para bater o crack, ainda com vestígios da droga.
Cláudio Roberto Gomes Rodrigues, 30, foi preso na QNN 8 da Ceilândia. Foram encontradas em sua casa 12 munições de calibre 9 mm, de uso exclusivo da polícia, além de pequena quantidade de maconha. Cláudio tinha passagens por porte de drogas e furto qualificado. De acordo com o Delegado, a polícia procurava o irmão de Cláudio, mas ele assumiu a posse das munições e da droga.
A Polícia trabalha com a hipótese de que o grupo preso nesta quarta-feira adquiria drogas da quadrilha desarticulada no sábado (26/3). A suspeita é de que o grupo comprava crack em Goiânia e revendia para traficantes menores no Distrito Federal, além de também enviar a droga para o Nordeste.
Investigação
Na operação de sábado, que se prolongou por doze horas, a polícia conseguiu interceptar um carregamento vindo de Goiânia com destino a Teresina, no Piauí, e que seria encaminhado posteriormente ao Maranhão. Com o grupo foram encontrados 3kg de crack escondidos dentro de uma centrífuga. A quantidade seria suficiente para produzir 9 mil doses da droga e poderia render de R$ 90 mil a R$ 100 mil reais, considerado o preço de revenda ao consumidor final.
Para prender a quadrilha, a Cord trabalhou por seis meses em parceria com delegacias de narcóticos de Goiás e do Rio Grande do Sul, de onde o grupo também comprava drogas. De acordo com o delegado Rodrigo, outras remessas de drogas já tinham sido feitas para o Nordeste. O chefe do bando, conhecido como Duda, ostentava um alto padrão de vida. Ele era proprietário de dois veíuclos de luxo, um lancha e um jet ski. Duda seria frequentador de cruzeiros marítimos de luxo.
De acordo com o delegado, mais prisões devem ser feitas nos próximos dias. "Ainda não alcançamos todos os ;varejistas; que compravam drogas deste grupo maior", afirmou o delegado. Os três acusados detidos nesta quarta-feira (30) estão na carceragem da delegacia e ficarão à disposição da Justiça. Eles juntaram-se a outro traficante preso há cerca de um mês, que também era abastecido pelo grupo.