postado em 30/03/2011 23:15
O impasse nas negociações entre o Metrô-DF, o Governo do Distrito Federal (GDF) e os metroviários chegou ao fim, pelo menos pelos próximos três meses. Após assembleia com três horas de duração, realizada na noite desta quarta-feira (30/3), a categoria decidiu não cruzar os braços, mas manter o estado de greve. A paralisação, iniciada no último dia 14, foi suspensa para que as propostas fossem apresentadas.Segundo o secretário de comunicação do Sindmetrô/DF, Anderson Pena de Oliveira, o Metrô-DF e o GDF ofereceram um reajuste salarial de 6,34%, referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 2010, aumento do auxílio-alimentação de R$ 590 para R$ 770, auxílio-creche, de R$ 150 para R$ 200, entre outros benefícios, além da realização de concurso público.
[SAIBAMAIS]A intenção dos metroviários é acompanhar, a cada três meses, o tratamento dado às demais categorias pelo GDF. "Existe uma disparidade muito grande de quem trabalha no metrô e nas outras empresas públicas. Queremos apenas a equiparação", disse Anderson de Oliveira. De acordo com ele, o Ministério Público do Trabalho também vai participar dos encontros trimestrais. "Se o tratamento for diferente, voltaremos com a greve", avisou.
Entre os 75 ítens na lista de reivindicação, os metroviários pediam aumento de 25% no salário, criação de uma gratificação de 50% e reajuste de outros benefícios, como auxílio-creche e vale-alimentação. Desde o fim da greve, em 17 de março, o sindicato vinha se reunindo com a direção da empresa e com representantes do GDF. "Primeiro, ofereceram um reajuste salarial de 2,5%. Nos dias seguintes, passaram para 5%, depois 6% e, por último, o do INPC, de 6,34%."