Policiais da 5; Delegacia de Polícia (Setor Bancário Norte) prenderam, na madrugada desta sexta-feira (1;/4), um homem acusado de participação em um assalto realizado no Setor Comercial Sul em fevereiro deste ano, quando um policial militar reformado acabou ferido. Segundo o delegado-chefe Laércio Rossetto, o autor Rafael de Maia Lima de 22 anos também é acusado de participação em um roubo no Laboratório Sabin no Brasília Shopping, em 23 de agosto de 2010.
A polícia encontrou Rafael por volta de 1h desta sexta no Setor P Norte. Ele já era investigado pela 5; DP desde a tentativa de latrocínio, na tarde do dia 24 de fevereiro. Na ocasião, Rafael, acompanhando de mais três pessoas, abordou o policial que saía de um agência bancária em frente ao Banco Central no Eixão Sul com R$ 6 mil, em espécie. Houve troca de tiros entre os assaltantes e a vítima, pelo menos onze disparos.
Além de Rafael, a polícia conseguiu prender no último dia 15, João Francisco Araújo Alves de 48 anos. Ele é acusado de ter furado o pneu do Gol Vermelho do policial para que a quadrilha conseguisse efetuar o roubo. João estava em regime semiaberto e foi preso quando voltava para a internação noturna.
Duas pessoas envolvidas nesse assalto continuam foragidas. Laércio Rosseto afirmou que a polícia busca os envolvidos. "Um ainda é procurado e o quarto já é monitorado pela delegacia", explica o delegado.
Roubo no Sabin
A 5; DP ainda investiga o caso do roubo do Laboratório Sabin localizado no Brasília Shopping. O crime aconteceu no final do ano passado e na ocasião, a quadrilha roubou cerca de R$ 200 mil, em espécie. De acordo com o delegado, Rafael também teve envolvimento nesse crime. Durante o fato, ele estava acompanhando de pelo menos mais cinco assaltantes que fizeram 17 pessoas reféns no local.
A suspeita da polícia é de que um funcionário da tesouraria do laboratório faça parte da quadrilha envolvida no roubo. "Eles devem ter ido mais de uma vez até o Sabin para estudar o local. O roubo foi muito bem planejado", comenta Laércio.
Para o delegado, Rafael de Maia é um dos cabeças desse tipo de crime. A polícia acredita que é Rafael o responsável pelos aliciamentos. "Não é um grupo fixo, mas sempre há Rafael como o cabeça dos roubos", afirma.
Autuação
Rafael de Maia Lima e João Francisco Araújo Alves vão responder pela tentativa de latrocínio. De acordo com o delegado, o crime de latrocínio prevê uma pena de 20 a 30 anos de reclusão, mas como não foi consumado pode ser reduzida em um ou dois terços.
Pelo crime do laboratório Sabin, Rafael responde por roubo com restrição de liberdade e emprego de arma de fogo, pena prevista de seis a 15 anos. O jovem já tem quatro passagens pela polícia, entre elas, por roubo de carro e várias outras por atos infrações quando adolescente.