Naira Trindade
postado em 15/04/2011 12:48
O último levantamento sobre a criminalidade no Distrito Federal revelou uma redução de 5,5% no número geral de ocorrências no primeiro trimestre de 2011, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O número total passou de 26.693 no ano passado para 25.227 neste ano.Por outro lado, alguns números apresentaram um aumento expressivo. Os casos de estupro, por exemplo, subiram de 109 para 165. Já as tentativas de estupro mais do que dobraram, sendo registrados 8 em 2010 e 17 em 2011. Este aumento deve-se, em grande parte, à nova lei que tipifica este crime, assinada pelo ex-presidente Lula em 2009. Ela estabelece que casos antes considerados atentado violento ao pudor, por exemplo, passe a ser tratado como estupro.
Outros delitos tiveram baixa significativa. Os roubos a comércio tiveram variação negativa de 23,6%, de 588 para 449 durante os primeiros 90 dias do ano. Os veículos do transporte coletivo também sofreram menos neste ano: são 416 casos no período analisado em 2010 contra 271 neste ano.
Índice estável
Alguns índices mantiveram-se estáveis. O total de crimes contra a pessoa, que inclui homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal, ficou 1,8% menor. De 3.144 passou para 3.086, são 34 por dia. Apesar da redução do número geral, as tentativas de assassinado tiveram aumento de 11,11%, com 262 casos no ano passado e 291 em 2011.
Sequestros relâmpago variaram pouco, subiram de 131 para 133. Já os latrocínios cresceram 58,3% passando de 12 para 19. Mas as tentativas de latrocínio caíram, de 48 para 29.
Furtos a carros variaram menos de 1%. Foram 2.798 casos no ano passado e 2.818 neste ano. O responsável pela divulgação desses índices, coronel Jaílson Ferreira Braz, aconselha os motoristas a tomarem as devidas medidas de segurança antes e depois de estacionar. Ele faz um comparativo entre esta prática de crime a um susto dado em uma criança. ;Se a criança não estiver distraída, não tem como dar um susto nela;, compara o coronel, referindo-se à principal característica dos furtos, que busca como alvo as pessoas menos atentas.
O coronel também já anunciou o início de um estudo para esclarecer alguns pontos a respeito destes números. Segundo ele, há algumas peculiaridades a serem analisadas. De janeiro a março (período da pesquisa) muitos moradores do DF deixam a capital, o que pode aumentar a incidência de alguns crimes e reduzir a de outros.