Irlam Rocha Lima
postado em 21/04/2011 21:30
Os shows do palco principal da festa de 51 anos de Brasília foram abertos por volta das 18h desta quinta-feira (21/4), com a banda Plebe Rude. Durante sua apresentação, que durou cerca de uma hora, a banda tocou sucessos e músicas menos conhecidas, que estarão no DVD a ser lançado em maio. O vocalista e guitarrista Philippe Seabra disse estar feliz por ver o entusiasmo dos plebeus (como são conhecidos os fãs da banda) na platéia.
Após o show da banda, a Orquestra Sinfônica Teatro Nacional Cláudio Santoro, regida alternadamente por Cláudio Cohen e Joaquim França, subiu ao palco. Inicialmente, tocaram os choros Egeno, de Pixinguinha, e Tico-tico no Fubá, composto por Zequinha de Abreu. Em seguida, passaram a acompanhar artistas locais, como Janette Dornelles, que cantou Habaneira e Célia Porto, que interpretou Índios, da Legião Urbana, e Revelação, de Clodo e Clésio.
Eduardo Rangel, também acompanhado pela orquestra, cantou Bicicleta, de autoria dele, e Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barros. Myrlla Muniz interpretou O Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa Lobos. Hamilton de Holanda, que na terça-feira (19/4) havia lançado a Sinfonia Monumental em concerto na Sala Villa Lobos, tocou choros clássicos. Entre eles, Doce de Coco, de Jacob do Bandolim, e Pedacinhos do Céu, de Waldir Azevedo, mestre do choro que morou em Brasília na década de 70. Após a apresentação do artista, a banda Trampa tocou sua música Te presenteio com a fúria e Pais e Filhos, da Legião Urbana.
A última apresentação do palco principal da festa será a de Martinho da Vila, que abrirá o show com Graça Divina, depois Feitiço da Vila, de Noel Rosa. Junto com a filha Maíra, o artista interpretará Último Desejo, também de Noel. No encerramento, ele canta Mulheres, O Pequeno Burguês e o samba-enredo Aquarela Brasileira, que faz referência a Brasília e seus criadores.
A comemoração, segundo o secretário de Cultura Hamilton Pereira, procurou oferecer espaço para artistas da cidade. O titular da pasta informou ainda que 1.400 profissionais, como atores e músicos, participaram do evento. Para Pereira, Brasília é hoje um pólo de cultura. Ele afirmou que a cultura importada não pode ser a principal fonte dos brasilienses e que é importante valorizar os artistas locais.