Adriana Bernardes
postado em 22/04/2011 07:01
Três anos depois da inauguração, o GDF assumiu o controle do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com a promessa de que o atendimento ao público não sofrerá interrupções. A prorrogação do polêmico contrato de terceirização da unidade de saúde venceu ontem e não será renovado. O secretário de Saúde, Rafael Aguiar Barbosa, informou que o desligamento e a indenização dos funcionários da Real Sociedade Espanhola, que administrava o HRSM, ocorreram como o planejado. ;Retomamos 100% do controle e ainda ampliamos o atendimento oferecido aos usuários;, afirmou.
De acordo com Barbosa, praticamente 100% dos leitos estão ocupados, cerca de 40% a mais do que era oferecido pela Real Sociedade. No centro obstétrico, o número de vagas saltou de 60 para 72 e a enfermaria para internação pediátrica agora conta com 20 leitos, que não eram oferecidos até então. A quantidade de lugares na unidade de terapia intensiva (UTI) também foi ampliada de 70 para 100. O total de cirurgias realizadas quase quadruplicou. Para Barbosa, o HRSM deixou de ser um hospital regional e hoje é referência na rede de saúde do DF. ;Em dezembro, foram feitas 140 cirurgias e, em março, 446. ;
Dos 1,7 mil funcionários, cerca de 400 são trabalhadores de contrato temporário que serão substituídos à medida que o GDF concluir o concurso público já aberto. Barbosa admite que pode haver dificuldade no atendimento nas áreas de clínica-geral e pediatria, mas ressalta que toda a rede enfrenta problemas nessas áreas. Para garantir a continuidade do atendimento, será preciso fazer contrato emergencial para vigilância, limpeza e alimentação. Mas, de acordo com o secretário, eles serão provisórios.
Na próxima semana, a prestação de contas do hospital será encaminhada à Corregedoria e ao Tribunal de Contas do DF para que seja auditada. ;Faço questão da análise das contas do período de intervenção para que não haja dúvida sobre o que foi pago e como foi gasto;, destacou. O patrimônio da secretaria que está no hospital também será mapeado. Segundo Barbosa, os levantamentos feitos até o momento mostram que não houve desvio de equipamentos durante a terceirização.