Cidades

Fiéis indicam o que é preciso fazer pela ressurreição de Brasília

Rosana Hessel
postado em 23/04/2011 08:00
O espírito é de renovação. Brasilienses ; devotos da fé cristã que acompanharam durante o dia de ontem vias-sacras por todo o Distrito Federal ; aproveitaram a Sexta-Feira santa e o momento que lembra a ;vida nova em Cristo; para fazer pedidos voltados à transparência política na capital do país. O objetivo é um só: exorcizar a corrupção que há muito está atrelada à imagem de Brasília. As soluções apontadas vão desde um olhar mais atento dos governantes aos mais humildes até a conscientização eficiente da própria população, que elege os seus representantes. ;É tempo de parar e pensar o caminho que estamos seguindo. Nós os escolhemos, mas cabe a eles nos representarem dignamente. Que o espírito da Páscoa toque os eleitos e dê um presente para a nossa cidade;, desejou a vendedora Vânia Santos, 53, que vive em Brasília há 15 anos.

Para o morador de Planaltina Jesiel Gomes de Jesus, 20 anos, as mudanças tão esperadas pela população dependem apenas dos próprios governantes, independentemente da situação vivenciada pela cidade. ;O que a população quer é saúde e educação;, destacou. Segundo a Bíblia, a Páscoa evoca, justamente, uma oportunidade de fazer uma retrospectiva e estabelecer um novo ponto de recomeço. ;A morte de Cristo representa o fim dos tormentos para o início de uma vida iluminada e regrada pelos preceitos de Deus. É isso que queremos para a nossa cidade, um ponto final e um recomeço. Hoje seria uma boa data para isso;, avaliou o servidor Fernando Sousa, 35, que nasceu em Brasília.

Os brasilienses, no entanto, se mostraram descrentes quanto ao prazo para a construção de uma política mais justa para o DF. ;Acredito que somente com educação você elimina a corrupção. Um povo educado tem menos tolerância com corruptos. Mas sei que esse é um plano a longo prazo. A curto prazo, é difícil;, avaliou o funcionário público Dejacir Alpino da Silva, 42 anos. A empresária Simone Benazzi, 37, moradora do Setor Militar Urbano, divide a culpa da atual situação da capital com a própria população e traça uma receita em busca do melhor: ;Cada um tem que mudar a própria mentalidade, estar menos voltado para si mesmo e ter mais paciência, o que é o fundamento de qualquer mudança. Não podemos ter a ilusão de que uma cesta básica vale o voto em alguém que vai tomar nossa decisões por quatro anos;.

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