postado em 26/04/2011 08:00
A duas semanas do Dias das Mães, o comércio de Brasília está pronto para a segunda maior temporada de compras do ano, atrás apenas do Natal. Nos shoppings e nas lojas de rua, anúncios nas vitrines lembram que chegou a hora de começar a pensar no presente. O movimento, porém, como de costume, se intensifica somente nas vésperas de 8 de maio, o segundo domingo do mês. Apesar de a previsão oficial ainda não ter sido divulgada, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) estima uma alta de 10% no faturamento, na comparação com 2010.
Floriculturas, perfumarias, joalherias, lojas de roupas, cosméticos e eletrodomésticos são os segmentos que mais se dão bem com o Dia das Mães. ;Os índices mais elevados de inflação não têm afetado o consumo. Os números locais mostram que a economia continua aquecida;, afirmou o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. Nos dias que antecedem a homenagem às mães, shoppings devem funcionar em horário especial.
O Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista-DF) acredita que as vendas crescerão em torno de 8% este ano. ;A Páscoa surpreendeu todo mundo. A gente espera que o Dia das Mães aqueça ainda mais o comércio;, disse o presidente em exercício da entidade, Edson de Castro. Ele lembra que, geralmente, as mães ganham mais de um presente, o que ajuda a aumentar o movimento. ;A economia continua em alta, o desemprego vem diminuindo no DF e a estabilidade do funcionalismo público sempre é garantia de bons resultados.; Em maio do ano passado, incluindo o Dia das Mães, as vendas cresceram 4,7%, segundo dados da Fecomércio.
As projeções sempre são otimistas. Mesmo sem a necessidade ; na maioria dos casos ; de contratações temporárias, as lojas põem os vendedores de prontidão. Treinamentos específicos são feitos para tentar convencer os clientes de que, para a mãe, vale desembolsar um pouco mais do que o previsto. Os estoques estão reforçados e novos produtos ainda vão chegar.
Presentes
Em uma loja de sapatos, bolsas e acessórios femininos de um dos mais tradicionais shoppings da cidade, filhos e maridos já aproveitam para escolher o presente livres do esperado tumulto de última hora. ;Esperamos pelo menos dobrar o faturamento em relação ao ano passado;, conta a gerente da loja, Ray Nonata. Para alcançar a meta, ela diz que as 12 funcionárias estão preparadas. ;Vamos vender bastante;, aposta. Um sapato varia entre R$ 99 e R$ 400 na loja. O conjunto com a bolsa sai, em média, por R$ 830. ;Para a mãe, eles querem levar o melhor.;
Há seis anos como vendedora em uma loja de presentes, Eleusa Francisca da Silva afirma que, independentemente do preço, é difícil alguém passar o Dia das Mães sem comprar alguma coisa.
O movimento faz o salário dela do mês dobrar com a quantidade de comissões. ;A gente sempre espera mais. Estamos com esperança de que este ano será ainda melhor;, afirma. Segundo ela, as bijuterias, por exemplo, têm saído mais do que artigos de decoração.
;As mães mudaram de perfil e isso influencia no presente: elas estão mais jovens, mais despojadas.; Os corredores dos shoppings provavelmente ficarão mais cheios após o quinto dia útil do mês, quando o pagamento dos trabalhadores estarão na conta.
Bares e restaurantes
Além do comércio, bares e restaurantes aguardam com expectativa a data comemorativa. A dica para quem quiser escapar das filas de espera na porta dos estabelecimentos é chegar antes do meio-dia ou, de preferência, tentar reservar mesas com antecedência. Para atrair as famílias, restaurantes oferecem bebidas e sobremesas de graça para as mães e distribuem rosas e mensagens.