postado em 28/04/2011 07:00
Moradores de condomínios no Jardim Botânico ficaram sem água por dois dias após rompimentos da única rede que abastece a região. Somente no início da noite de ontem a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) regularizou o fornecimento. A empresa afirmou que o problema ocorreu devido a ;complicações técnicas;. De acordo com o superintendente de manutenção do órgão, Edgar Camargo, houve duas rachaduras nos dutos da rede geral que levam água para as dezenas de condomínios da área. ;Um dos rompimentos ocorreu na noite de segunda-feira e o outro, na tarde de terça-feira. Fomos avaliar os problemas às 22h de ontem (terça-feira) e verificamos que se criou um bolsão de água na rede;, explicou o técnico.
Durante os reparos, os funcionários da Caesb precisaram drenar a água com aparelhos conhecidos como ventosas e aumentar a pressão do líquido para retirar o ar que se acumulou nos canos. ;Quando se formam esses bolsões, há o impedimento parcial de passagem de água, mas não total. Não é normal essa falha acontecer. Não posso dizer que isso não vá se repetir, mas digo que são remotos casos como esse;, detalhou Camargo. Ainda segundo ele, um dos motivos que levou aos rompimentos pode estar ligado à irregularidade do terreno.
A funcionária pública Clarissa Ferreira Lima, 28 anos, foi uma das prejudicadas com a falha técnica. Mãe de uma bebê de apenas três meses, ela precisou sair de casa para dar banho na criança. ;Durante esses dois dias sem água, eu tive que ir até a casa de parentes para fazer a higiene da minha filha;, declarou a moradora do condomínio Quintas do Sol. Com o transtorno, desde a terça-feira ela dispensou a empregada doméstica. As trouxas de roupas não pararam de crescer. ;Como minha secretária não tinha mais o que fazer, ela nem veio para trabalhar;, concluiu a servidora pública.
O rompimento da rede prejudicou o andamento da pequena obra na casa da corretora de seguros Cleusa Porto, 39 anos, também moradora do Quintas do Sol. A situação a pegou de surpresa. ;Ninguém nos avisou que iria faltar água. Eu tive de parar a reforma na minha residência;, reclamou. ;Cada morador foi descobrindo à medida que a água acabava nas caixas d;água. Se a gente soubesse, tinha se esforçado para poupar;, acrescentou Clarissa Ferreira. De acordo com elas, os moradores entraram em contato com a Caesb umas cinco vezes e, mas não tiveram retorno do órgão. ;Tenho medo de que isso ocorra novamente. Se isso acontecer, será mais transtorno para nós;, finalizou a funcionária pública.