Roberta Machado
postado em 10/05/2011 07:04
O primeiro dia de greve dos auxiliares de administração escolar provocou alguns problemas no cotidiano das escolas públicas do Distrito Federal. Graças ao grande número de terceirizados, no entanto, a maioria dos centros de ensino não paralisou as atividades, mesmo sem parte dos vigias, auxiliares de limpeza e merendeiros. Os servidores em greve pedem a substituição dos contratados por concursados, além de aumento salarial e outros benefícios.De acordo com o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do DF (SAE), o maior impacto do movimento grevista não está nas escolas. ;A grande massa da categoria funciona nas áreas administrativas. A escola é somente um desdobramento;, explica Damião Medeiros, presidente da entidade. A paralisação teria afetado serviços como encomendas gráficas, distribuição de material, reparos, encaminhamento de documentações e entrega de atestados médicos.
Na maioria dos colégios, como a Escola Classe 102 Sul e a Escola Classe 6 de Taguatinga, funcionários terceirizados e servidores desempenham desde ontem as funções dos colegas em greve. Em outras, porém, os efeitos da paralisação foram sentidos. A Escola Classe 11 de Taguatinga, por exemplo, teve de diminuir a carga escolar em uma hora por turno, além de cancelar o atendimento da escola integral. ;Não tem como a gente trabalhar. Temos almoço, mas não temos quem limpe a escola;, lamentou a diretora, Cléria Reis.
O sindicato tem uma assembleia geral marcada para a próxima quinta-feira, às 9h. Mas as negociações com a Secretaria de Educação não avançaram desde a última reunião entre trabalhadores e patronato, no último dia 6.