postado em 11/05/2011 18:27
O julgamento do 3; sargento da Polícia Militar Francisco Erinaldo da Silva Costa, um dos acusados de tortura e morte do carroceiro José Roberto Correia Leite, o Bertinho, aconteceu nesta quarta-feira (11/5), no 2; Tribunal do Júri de Goiânia. O réu foi condenado a 13 anos e seis meses de reclusão por homicídio e quatro anos por tortura, totalizando 17 anos e seis meses. Além disso, José deverá pagar multa de R$ 500 à família da vítima durante 20 meses. O réu pode recorrer à sentença em liberdade. [SAIBAMAIS]De acordo com a assessoria do tribunal, o juiz Jesses Coelho de Alcântara informou no processo que José pode recorrer em liberdade por ter residência fixa e nunca ter se ausentado quando chamado pela justiça. O julgamento começou às 8h30 e acabou às 17h45. Esse foi o segundo julgamento do militar, que foi condenado no primeiro júri, em 2009, pelo crime de tortura e absolvido pela acusação de homicídio. No entanto, o júri foi anulado pelo Tribunal, mediante recurso do Ministério Público.
O crime
O carroceiro foi assassinado e teve seu corpo escondido após ser levado por uma equipe do serviço secreto da PM, no Novo Gama, em 1999. Os militares queriam informações de Bertinho sobre o paradeiro de um suposto criminoso. O sargento Francisco é o único dos sete militares denunciados pela morte do carroceiro que não teve sentença irrecorrível (transitado em julgado). Os demais foram condenados a 17,6 anos de prisão e cumpriram menos de um terço da pena em um quartel em Goiânia. Atualmente, estão livres e foram promovidos por tempo de serviço.