postado em 12/05/2011 11:14
O Ministério Público de Goiás (MPGO) propôs uma ação contra o município de Cristalina e outros 39 servidores da área de saúde por irregularidades em um concurso público realizado em 2008. Essa seleção está sob suspeita desde o processo de licitação que escolheu a empresa até a aplicação das provas. Por este motivo, o MPGO pede a anulação do edital, bem como o afastamento imediato de todos os servidores selecionados.De acordo com informações da assessoria de imprensa do Ministério Público, o promotor Antônio de Pádua Freitas afirmou que a licitação para contratar a empresa responsável pelo concurso foi uma fraude, pois, na mesma data o então secretário de saúde requisitou ao ex-prefeito Antônio de Andrade a realização de um processo seletivo, a elaboração do edital e o recebimento dos convites pelas empresas participantes. Um outro acontecimento que também levanta suspeitas é o fato de não existirem provas de envio de convites a outras empresas.
Apenas três concorrentes entraram no páreo, todas do mesmo dono. São elas a Seleção, Treinamento, Avaliação e Auditoria Ltda; AMN Consultores Associados Ltda e Comaj - Contabilidade Municipal, Administração e Assessoria Jurídica Ltda. Todas as três empresas são do estado de Minas Gerais, da capital Belo Horizonte e da cidade de Bom Despacho.
Nem mesmo o modo como as provas foram aplicadas escaparam da denúncia. De acordo com o MPGO, os candidatos e seus pertences não foram devidamente inspecionados, além disso, aparelhos celulares de várias pessoas tocaram durante a realização do exame e, ainda assim, as provas não foram tomadas. Também consta na ação que a divulgação da seletiva só ocorreu após o fim do prazo para as inscrições.