postado em 13/05/2011 07:01
Mesmo com ressalvas judiciais, a paralisação dos servidores de assistência à educação deve continuar até a próxima segunda-feira. O desembargador Jesuíno Rissato expediu ontem à noite uma decisão judicial com a determinação de que o do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar (SAE) permita um efetivo de 50% de funcionários trabalhando. Além disso, os grevistas devem manter a distância mínima de 50m das escolas, pois algumas acabaram invadidas. O despacho estipula multa diária de R$ 15 mil, caso os integrantes da entidade não acatem as imposições.Entre os profissionais que cruzaram os braços há cinco dias estão agentes de portaria, vigilantes, cozinheiros e auxiliares de limpeza. O sindicato da categoria calcula que 70% dos profissionais tenham aderido ao movimento. Mas a Secretaria de Educação avalia que apenas 30% participam efetivamente da mobilização.
Ontem, durante assembleia em frente ao Palácio do Buriti, cerca de 5 mil pessoas se reuniram para pedir a atenção do governo quanto às reivindicações da classe. A Comissão de Negociação do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar (SAE), acompanhada de deputados distritais, sentou-se à mesa com os secretários de Governo, Paulo Tadeu, de Administração, Denilson Bento da Costa, e de Educação, Regina Vinhaes. Na ocasião, o GDF agendou outro encontro com os representantes do movimento para próxima segunda-feira.
Aumento
O governo pretende analisar as propostas dos grevistas durante o fim de semana e verificar, a partir da análise do orçamento, a possibilidade de negociação da proposta financeira. Os manifestantes reivindicam reajuste salarial de 13,8%. ;Todos os piquetes e mobilizações continuarão;, adiantou o diretor-geral do SAE, Denivaldo Alves. ;De toda forma, achamos que o governo deveria ter analisado nossa pauta com mais atenção e antecedência;, avaliou. Outra assembleia foi marcada para a próxima quinta-feira em frente ao Palácio do Buriti, caso não sejam atendidas as solicitações.