O Sindicato dos Auxiliares em Educação do DF contestou a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que determinou, nesta segunda (16), que 50% dos auxiliares permaneçam em atividade. De acordo com o TJDFT, o sindicato entrou com pedido de reconsideração da decisão com a alegação de que os serviços prestados pela categoria são considerados dispensáveis. Os auxiliares estão em greve desde a última segunda-feira (9/5). Segundo o Tribunal de Justiça, o desembargador pode decidir sobre a questão amanhã.
O pedido feito pelo Governo do DF pedia que a greve fosse considerada ilegal ou que 70% dos funcionários permanecessem trabalhando. Caso os servidores descumpram a decisão, será aplicada multa diária de R$ 15 mil.
O GDF, autor da ação, diz que a greve atinge cerca de 650 escolas públicas e prejudica mais de 560 mil alunos. O governo alega ainda que a greve foi decidida sem observar quesitos obrigatórios como manutenção dos serviços essenciais e notificação prévia e que o movimento grevista é abusivo, exemplificando com o impedimento de acesso à prédios públicos e obstrução da entrega de merenda escolar. [SAIBAMAIS]
Reunião cancelada
A reunião que estava marcada entre representantes do Governo do Distrito Federal e o sindicato dos servidores auxiliares de educação na tarde desta segunda-feira (16/5), foi cancelada. De acordo com a assessoria de imprensa do secretário de governo Paulo Tadeu, uma reunião entre representantes dos grevistas, o secretário, deputada distrital Érika Kokay, secretário de administração de Brasília e outros representantes do GDF foi feita na última sexta-feira (13/5). Durante o encontro, a prorrogação da reunião de hoje foi decidida para avaliar melhor a situação dos grevistas e as propostas.
Os servidores auxiliares da educação do Distrito Federal estão em greve desde o dia 9 de maio. A paralisação prejudica serviços de secretaria, limpeza, vigilância, merenda, marcenaria, gráfica e outros. A categoria reivindica a realização de um concurso público, reajuste do tíquete alimentação, implantação de plano de saúde, reajuste de salário e incorporação de gratificações. Uma assembleia da categoria está prevista para acontecer na próxima quinta-feira (19/5). A data coincide com o retorno do governador Agnelo Queiroz ao Brasil.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, uma força-tarefa foi realizada sexta-feira (13/5) para realizar os trabalhos prejudicados pela greve. A assessoria informa que deve haver uma terceirização temporária para suprir as necessidades das escolas e não paralisar totalmente os serviços.