Antonio Temóteo
postado em 18/05/2011 07:00
Os operários do Consórcio Brasília 2014 retomaram ontem as atividades no canteiro de obras do Estádio Mané Garrincha, mas a área dos assentos segue isolada e sem data prevista para a demolição da arquibancada. Ao longo do dia, a estrutura foi monitorada pelos engenheiros responsáveis pela construção do Estádio Nacional de Brasília. Eles devem emitir nos próximos dias laudos técnicos que apontarão quais procedimentos serão tomados no local. Uma nova implosão e o uso de equipamentos mecânicos para colocar abaixo a arena não foram descartadosNo último domingo, o consórcio tentou por duas vezes implodir a arquibancada, mas a estrutura permaneceu em pé. O grupo alegou, por meio de nota, que ;houve interrupção na linha de acionamento dos explosivos. Apenas parte deles foi detonada;. Apesar da falha, o cronograma e o orçamento não serão alterados.
Com a interdição da área ao redor do canteiro, as atividades das quadras externas do Ginásio Nilson Nelson e das piscinas do Complexo Aquático da Secretaria de Esportes ficarão paralisadas até amanhã. O fiasco na demolição da arquibancada do Mané Garrincha atrasou a limpeza e a manutenção das piscinas, programadas para a última segunda-feira. Segundo o administrador do lugar, Eraldo Vieira, o consórcio e os órgãos de segurança do Governo do Distrito Federal (GDF) recomendaram que as atividades fossem prorrogadas em um dia.
O aposentado Giorgio Parca, 66 anos, foi ontem até as piscinas da Secretaria de Esportes realizar mais um dia de treinamento para o campeonato brasileiro de natação master que ocorrerá em Brasília em julho. Sem ter conhecimento da interdição, foi surpreendido quando soube pela administração do complexo que não poderia nadar. ;Fiquei incomodado, porque não fiquei sabendo da suspensão das atividades. Deixar de nadar é um problema, porque estou treinando para um campeonato. Vou ter que fazer musculação. Dessa forma, não me prejudicarei;, explicou.