Estudantes e professores de escolas públicas do Paranoá e Itapoã realizaram uma caminhada na manhã desta quarta-feira (18/5), dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Toda a comunidade participou do evento. Segundo informações da assessoria da secretaria de educação do DF, a concentração aconteceu na quadra 31 do Paranoá e os participantes foram até a Praça Central da cidade.
De acordo com uma das coordenadoras da caminhada, Viviane Pontes, os estudantes aproveitaram o evento para distribuir panfletos e conscientizar a população. "Começamos a semana com um ciclo de palestras, também tivemos uma semana de palestras nas escolas. Durante a caminhada, vários grupos participaram, igrejas, ministério público, estudantes, o pessoal de segurança, todos envolvidos, distribuindo panfletos e conscientizando a população", diz Viviane Pontes.
A data é lembrada em diversas entidades e órgãos ligados à defesa dos direitos humanos. Instituído por uma Lei Federal, o dia de mobilização nacional faz referência ao assassinato de Aracelli Cabrera Crespo, uma menina de oito anos, moradora de Vitória (ES), que foi brutalmente estuprada, torturada e morta em 1973. Os acusados do crime não foram punidos até hoje.
O evento principal, no dia de enfrentamento ao abuso sexual de crianças e adolescentes, acontece às 14h, no Palácio do Planalto, com a entrega do prêmio Neide Castanha, criado para homenagear a assistente social mineira que morreu em janeiro de 2010. Ela atuava em favor dos direitos de crianças e adolescentes e esteve à frente do comitê de enfrentamento à violência sexual.
De acordo com a assessoria do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, serão premiadas boas práticas, produção de conhecimento, cidadania, protagonismo de crianças e adolescentes e responsabilidade social. Também está prevista a participação de 40 estudantes de escolas do Paranoá na caminhada Siga Bem Criança, que terá concentração em frente ao Museu da República. O projeto foi lançado em 2003, com o objetivo de tornar cada caminhoneiro um parceiro no combate à violência contra menores.