Cidades

Ofertas de vagas em curso de medicina da UnB pode dobrar

postado em 21/05/2011 08:00
Professores da área de Patologia da Faculdade de Medicina querem aumentar a quantidade de alunos que entram no vestibular da Universidade de Brasília (UnB). Com isso, a oferta de vagas saltaria de 36 para 76, um incremento de 111%. Os docentes propõem o ingresso do curso no Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Além do aumento do número de vagas, a iniciativa prevê a contratação de mais professores e a ampliação do espaço físico da unidade. Medicina é o curso mais concorrido do vestibular da UnB. Na última seleção, foram 152,8 candidatos por vaga.

A proposta dos professores deve ser levada à reunião do Conselho Pleno da Faculdade de Medicina. O diretor da faculdade, professor Paulo César de Jesus, indicou que a ideia é bem vinda, mas vai aguardar a chegada de um pedido formal na direção para rediscutir a entrada do curso no Reuni. ;Essa questão deverá ser discutida com os professores de todas as áreas. A discussão não está fechada;, explicou. Se os membros da Faculdade de Medicina decidirem a favor da proposta, a proposta será levada à direção da universidade.

Sede da Faculdade de Medicina: Reuni também traria investimentosA decana de graduação da UnB, Márcia Abrahão, explica que, para este ano, a Faculdade de Medicina não poderá ingressar no Reuni. ;As faculdades e departamentos que quiseram abrir cursos ou aumentar o número de vagas fizeram a proposta entre abril e junho de 2008, quando elaboramos o projeto. E os editais dos vestibulares deste ano já foram publicados;, explicou. Mas quem ficou de fora dessa discussão terá uma nova oportunidade. ;Temos compromisso com o Ministério da Educação e, como alguns cursos não fizeram as mudanças, vamos estudar as propostas de outros, mas só para 2012;, disse.

De acordo com a decana, a faculdade deve analisar a possibilidade de ampliar o número de vagas sem aumentar a quantidade de professores ou aguardar a elaboração de um novo projeto. Ela acredita que a expansão da universidade não deve parar. ;É um desejo da sociedade e existe uma demanda das instituições pelo Reuni 2. Estamos longe de alcançar as metas de jovens no ensino superior. Sem contar que foi um projeto bem-sucedido;, sugeriu.

Novos cursos
O Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais prevê a criação de novos cursos, a contratação de professores, servidores e técnicos e a ampliação de vagas tanto para quem deseja ingressar pelo vestibular quanto como para quem quiser pedir transferência ou mudar de curso. Com o Reuni, a universidade pode conseguir recursos para a construção de novas instalações e para a compra de equipamentos. ;Quem passar pelo câmpus Darcy Ribeiro verá que há muitas obras, sem contar os câmpus de Planaltina, Ceilândia e Gama;, detalhou a professora. Para ela, o Reuni é um momento de rediscutir os projetos pedagógicos dos cursos. Na UnB, devem ser investidos quase R$ 70 milhões até 2012.

54 universidades
O programa foi instituído pelo governo federal por meio do Decreto n; 6.096, de 24 de abril de 2007. O objetivo do Reuni é incentivar o crescimento do ensino superior público no país. Cinquenta e quatro instituições federais aderiram à ideia. Até 2012, as universidade devem consolidar novos câmpus, melhorar a estrutura física
e ampliar o número de vagas oferecidas.

O que diz a lei
O Artigo 1; institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidade Federais para criar condições de ampliação do acesso e da permanência na educação superior, no nível de graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas instituições. O Artigo 2; determina que o programa deve reduzir a taxa de evasão, ampliar a mobilidade estudantil, revisar a estrutura acadêmica, diversificar as modalidades de graduação, ampliar as políticas de inclusão e assistência estudantil e articular a graduação com a pós-graduação. A determinação prevê que o recurso do Ministério da Educação destinado ao programa deverá contemplar a construção e a readequação de infra-estrutura e equipamentos, compra de bens e serviços e despesas de custeio e pessoal.

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