Cidades

Buscas por desaparecidos estão concentradas a 150m de barco naufragado

postado em 24/05/2011 14:10
Durante uma entrevista coletiva, o comandante Marco Negrão, do Grupamento Especializado em Salvamento do Corpo de Bombeiros, falou sobre o trabalho realizado na busca pelos desaparecidos do naufrágio ocorrido no domingo (22/5), no Lago Paranoá. Segundo ele, os mergulhadores estão concentrados onde os últimos corpos foram localizados, a uma distância de cerca de 150 metros de onde a embarcação está presa no fundo do lago. "Tudo indica que o barco começou a naufragar a 150 metros de onde está agora", explicou. De acordo com o comandante, 80 mil metros já foram percorridos.

Segundo o comandante, 35 mergulhadores trabalham no local e esse número deve aumentar no período da tarde. As buscas são paralelas. "Tanto ao redor quanto dentro do barco", disse. De acorco com o comandante Negrão, há muitos objetos no fundo do barco, o que pode prender vítimas do naufrágio. Segundo ele, os bombeiros retiram primeiro esses objetos do local. "O trabalho é demorado e tem que ser feito devagar para não comprometer a estabilidade do barco, que pode esmagar os mergulhadores. Além da visibilidade, que é ruim", explicou. O comandante disse ainda que a embarcação só será retirada após o resgate de todas as vítimas.

Sobre as investigações, o comandante da Marinha, delegado Fluvial Rogério Leite, contou que dois engenheiros da Marinha foram trazidos do Rio de Janeiro para auxiliar os trabalhos da Polícia Civil. Segundo Leite, não há como falar neste momento sobre as causas da tragédia. "A rachadura e o excesso de passageiros podem ter colaborado, mas não podemos confirmar antes da perícia", disse. "Após o laudo chegaremos à conclusão", completou

[SAIBAMAIS]Sobre possíveis culpados, o delegado disse que tanto o proprietário da embarcação como o comandante podem ter culpa, assim como outras pessoas que estavam no barco. "Temos que ter paciência", disse. Segundo ele, existe fiscalização constante no lago, mas, além dela, o comandante deve ficar atento e ter consciência sobre o número de passageiros no barco. Outro fator é a utilização do colete salva-vidas, que, de acordo com Leite, não é obrigatório. "Não existe a obrigatoriedade, mas quem não sabe nadar, deve utilizar o colete", alertou.

A embarcação Imagination estava dentro das normas, segundo o delegado. "As vistorias estavam dentro do prazo", garantiu. De acordo com ele, esse tipo de embarcação passa por uma inspeção mais rigorosa do que um barco menor e particular, como as lanchas. Elas devem possuir o certificado de segurança de navegação, além de fazer vistorias regulares.

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