Uma tentativa de estupro contra uma criança de nove anos chocou os moradores de um distrito de Águas Lindas nesta terça-feira (24/5). A vítima foi golpeada diversas vezes na cabeça por um vizinho até perder a consciência, e só escapou da violência sexual graças à chegada da mãe. O caso foi registrado na 18; Delegacia de Polícia (Brazlândia).
O crime teria ocorrido por volta das 8h, na Quadra 2 do vilarejo de Vendinha. Quando a mãe da vítima saiu de casa para levar um dos quatro filhos à escola, Tony Richardson dos Santos Dias, 36, irmão do padastro da menina, entrou em ação. Ele teria atraído a criança até sua casa, e lá deu início às agressões. "Foram diversos socos no rosto e uma lesão mais profunda atrás da cabeça", conta Fernando Cocito, delegado-chefe-adjunto da 18; DP. O acusado também teria utilizado um instrumento pesado, causando o desmaio da garota.
Já desacordada, a vítima teria sido levada ao fundo da casa, tendo os braços amarrados e a boca vedada com um pano. A violência foi interrompida pela chegada da mãe, já preocupada com a ausência da menina. Segundo Cocito, a vítima recobrou a consciência e fugiu do cativeiro por uma janela, chamando a atenção dos moradores. Policiais rodoviários de um posto próximo ao local foram acionados e prenderam Tony Richardson em flagrante. A investigação no local foi realizada em parceria com as polícias Civil e Militar.
A criança foi encaminhada ao Hospital Regional de Brazlândia, onde permanece internada sob observação. Um exame preliminar do Instituto Médico Legal (IML) não detectou sinais de abuso sexual, apesar das diversas lesões na cabeça e nos membros superiores. Em depoimento, a mãe disse nunca ter notado qualquer comportamento estranho do cunhado.
O suspeito já tinha um assalto em sua ficha criminal, e foi indiciado pelo crime de estupro com agravante de lesão corporal grave, cuja pena varia de oito a 12 anos de reclusão. Como o crime não foi consumado, a pena pode sofrer redução de um a dois terços. Durante a tarde, Tony prestou depoimento à polícia e foi encaminhado à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde aguardará julgamento.