postado em 02/06/2011 17:10
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1; Região retomou na tarde desta quinta-feira (2/6) o julgamento do incidente de insanidade mental apresentado pela defesa da promotora Deborah Guerner. Por unanimidade, os desembargadores da Corte Especial rejeitaram a tese e consideraram a servidora imputável. Isso significa que Deborah não foi considerada insana e tem consciência de todos os atos. Ela e o ex-procurador-geral de Justiça do DF Leonardo Bandarra são acusados de formação de quadrilha, concussão (quando um agente público usa o cargo para obter algum benefício pessoal), corrupção, extorsão e vazamento de informações.A análise da sanidade mental da promotora começou a ser analisado na sessão de 19 de maio, mas foi suspensa devido ao pedido de vista da desembargadora federal Ângela Catão Alves. A expectativa era de que a magistrada pedisse mais prazo e o fim do julgamento não ocorresse hoje, mas o caso acabou voltando à pauta. A defesa de Deborah Guerner tentava provar que a promotora sofria de transtorno bipolar múltiplo e não seria responsável pelos atos cometidos. No entanto, o Instituto de Medicina Legal fez dois laudos na qual comprovaria que ela tinha domínio sobre as emoções e agia conforme o próprio interesse.
Os desembargadores do TRF-1 deverão decidir, posteriormente, se acatam as denúncias apresentadas pelo procurador federal Ronaldo Albo. Caso sejam aceitas, o órgão abrirá ação criminal contra Bandarra, Deborah Guerner, o marido da promotora, Jorge Guerner, o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa e a ex-assessora do GDF Cláudia Marques. O caso só deverá ser julgado no próximo mês, quando a relatora do processo, desembargadora Mônica Sifuentes, retornar das férias.