Cidades

Ativistas fazem protesto pela legalização da maconha na Esplanada

postado em 03/06/2011 14:25
Ativistas a favor da legalização da maconha se reúnem no início da tarde desta nesta sexta-feira (3/6) em frente à Catedral, na Esplanada dos Ministérios. O encontro está marcado para dar início a uma marcha que seguirá em direção ao Congresso Nacional, às 16h.

São esperadas cerca de duas mil pessoas na manifestação e as principais reivindicações são a descriminalização e a regulamentação da cannabis, nome científico da maconha. "Queremos uma regulamentação restritiva e, para isso, são necessárias conversas entre políticos, médicos e sociedade civil", afirmou o advogado e participante do evento, Mauro Chaiben.

O advogado disse também que defende a legalização da maconha por entender que as políticas públicas de saúde e segurança são ineficientes. "Por motivos pessoais, entrei no movimento em prol da legalização em 2009, pois não concordava em ser reprimido, mas também não aceitava colaborar com o tráfico e dar dinheiro para bandidos", afirmou.

Por ser advogado, Chaiben diz que prefere atuar no movimento orientando os manifestantes sobre a forma legal de se fazer o protesto. Por exemplo, é ensinado às pessoas que o uso da droga não pode ser incentivado, ninguém pode fumar ou portar cigarros e folhas.

Sobre o uso medicinal da droga, Mauro afirmou que a semente da maconha possui propriedades benéficas para a saúde e que médicos deveriam se posicionar em relação a utilização.

Na última quinta-feira (2/6), houve um debate na Universidade de Brasília (UnB) sobre este tipo de uso. O sociólogo Renato Cinco afirmou que no Nordeste, antigamente, donos de fazendas de cana-de-açúcar disponibilizavam a droga para os funcionários, para trabalharem mais alegres e não terem vontade de fugir, segundo Chaiben.

A princípio, a Justiça não proibiu o manifesto, como feito em São Paulo. Chaiben informou que a marcha em Brasília foi elaborada em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, para que tudo possa ocorrer na normalidade. Além disso, haverá agentes públicos acompanhando a passeata, de acordo com Mauro.

Trânsito no local
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) afirmou não ter sido informado sobre o evento e, por isso, não teve como se preparar para organizar o trânsito. Entretanto, a assessoria do órgão disse que haverá viaturas e policiais responsáveis pelo acompanhamento da passeata ao longo da Esplanada.

A princípio, nenhuma medida será tomada, a menos que haja problemas e o trânsito fique complicado no local. O evento não foi autorizado pelo departamento e por isso houve uma reunião na manhã desta sexta-feira (3/6) para tratar do assunto.

O Correio Braziliense.com.br tentou fazer contatos com a Central Integrada de Atendimento e Despacho da Polícia Militar (Ciade), mas não foi atendido.

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