Cidades

PSD corre contra o tempo para angariar filiados com mandatos federais no DF

postado em 04/06/2011 08:00
Rosso diz que pretende se reunir com distritais após o recesso
Deputados distritais interessados em migrar para o PSD terão que esperar o fim do recesso parlamentar para reservar espaço na nova legenda. A atuação do partido no Distrito Federal ainda está distante do universo da Câmara Legislativa e só deverá ser mais incisiva depois de julho, data prevista para o registro da sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como a Justiça estabeleceu a data-limite de 3 de outubro para a oficialização do PSD ; um ano antes das eleições municipais de 2012 ; a orientação é correr contra o tempo para angariar filiados com mandatos federais no DF. Com políticos instalados no Congresso Nacional, o partido ganha mais tempo na televisão e no rádio de propaganda eleitoral, além de mais expressão nacional.

Antes da oficialização do nome do ex-governador Rogério Rosso para a Presidência da Comissão Provisória do PSD na capital, há 10 dias, alguns distritais sondavam a possibilidade de integrar a recém-criada legenda. Mas com a chegada do ex-peemedebista, as negociações vão começar do zero. Na primeira semana à frente do cargo, Rosso manteve encontros com representantes do partido em Goiás e Minas Gerais, respectivamente, Vilmar Rocha, chefe da Casa Civil do governo Marconi Perillo (PSDB), e o deputado federal Geraldo Tadeuh.

Rosso disse não ter tido contato algum com distritais e que está focado em captar apoiadores entre representantes de entidades de classe e formadores de opinião, além dos políticos com mandato federal. ;Claro que temos interesse de constituir bons nomes, mas a bancada da Câmara Legislativa será sondada em um segundo momento;, afirmou ao Correio.

O presidente da legenda no DF afirmou já ter recolhido assinaturas de mil apoiadores, mas não adiantou nenhum nome. A família do ex-governador está na lista, mas ele negou que tenha convencido empregados a fazer o mesmo. Rosso revela ter se reunido com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), mas nega qualquer adesão. Pela legislação eleitoral, para assegurar o nascimento do PSD no Distrito Federal, serão necessários, ao menos, 1,8 mil apoiadores.

Ainda sem escritório fixo, as reuniões do PSD regional estão sendo feitas na casa de Rosso, no Lago Sul, em restaurantes da cidade ou nos gabinetes do Congresso. Ao se desfiliar do PMDB, o político admitiu ;erros e fraquezas;, mas afirmou acreditar que seu trabalho no mandato-tampão de nove meses como governador eleito pela Câmara Legislativa depois da crise provocada pela Operação Caixa de Pandora, o que afastou o risco de intervenção federal no DF. Doze quilos mais magro, depois de parar de fumar quatro carteiras de cigarro por dia, Rosso aposta na nova empreitada para reaparecer no cenário político local.

Crise
A saída de Rogério Rosso do PMDB era esperada. Na convenção que definiu o nome do partido para disputar a eleição passada no DF, ele perdeu para o atual vice-governador, Tadeu Filippelli, depois de ter apelado à Justiça para concorrer internamente pela vaga. O resultado evidenciou a crise entre os dois e mostrou o isolamento de Rosso na legenda.

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