O comércio varejista do Distrito Federal espera aumento médio de 10,47% nas vendas do Dia dos Namorados em relação ao ano passado, quando a estimativa de alta foi de 7,12%. A data será comemorada no próximo domingo, 12 de junho. Levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio em 139 lojas, de sete segmentos, indica que, para 56,8% dos empresários, o faturamento será maior do que em 2010; 31,7% acreditam em resultado igual; e 11,5% apostam em queda.
A pesquisa, realizada todos os anos, apurou o valor dos presentes. A maior parte dos empresários (33,09%) estima que os namorados gastarão acima de R$ 146. Outros 28,06% esperam gastos entre R$ 86 e R$ 115. Somente 3,6% acreditam que a compra ficará entre R$ 25 e R$ 55. Em relação às estratégias de vendas, 30,4% dos lojistas entrevistados disseram que vão usar promoções para atrair clientes e expandir o faturamento em um mês considerado fraco para o comércio.
Entre os segmentos otimistas, as lojas de calçados aparecem em primeiro lugar, com expectativa de faturar 22,13% a mais do que no ano passado. Quase 70% dos que esperam resultado inferior a 2010 atribuem o pessimismo ao fato de a data, este ano, cair no domingo. Donos de floriculturas, de acordo com o levantamento, são os mais cautelosos. Apesar de as flores serem presente tradicional, acreditam em queda de 10% nas vendas.
O presidente do Sistema Fecomércio-DF, Adelmir Santana, diz que, de maneira geral, o setor está preparado para atender a demanda. A pesquisa constatou que 59,7% dos lojistas aumentaram o de olho no aumento do movimento provocado pelo Dia dos Namorados; 34,5% mantiveram o mesmo nível e 5,8% reduziram a reserva de mercadorias na comparação com 2010. Para 92,1% dos empresários, o cartão de crédito deve ser a forma de pagamento mais utilizada.
A data é considerada pelo comércio a terceira melhor do ano, atrás apenas do Dia das Mães e do Natal. A comemoração também movimenta bares, restaurantes e motéis, que costumam registrar longas filas. No Brasil, o Dia dos Namorados foi criado em 1949 pelo publicitário João Doria: 12 de junho foi escolhido por ser véspera do dia de Santo Antônio, conhecido por ser casamenteiro, e porque junho é tradicionalmente um mês de vendas baixas.
Palavra de especialista
Momento diferenciado
;O Confaz pode validar atos passados. A alternativa é eficaz para combater os prejuízos causados pela supressão dos benefícios fiscais. Em geral, é difícil conseguir um acordo no conselho, pois há um problema sério, que é a exigência de unanimidade para votação. Se qualquer dos estados for contra, ele tem poder de veto. Existe uma divisão dentro do órgão colegiado que não é marcada, entre as localidades mais ricas e as mais pobres. Os estados cuja economia é menor usam artifícios para o desenvolvimento regional. A guerra fiscal que vemos hoje é fruto disso. Mas o momento agora é propício a um consenso, pois todas as unidades da Federação estão com o mesmo problema.;
Jacques Maurício, professor de direito tributário da Universidade Católica de Brasília (UCB)