Durante julgamento de Jaqueline Roriz, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o relator do processo disciplinar, Carlos Sampaio, pediu a cassação do mandato da deputada por quebra de decoro parlamentar. Sampaio sustenta que Jaqueline recebeu recursos de origem ilícita e agiu de maneira dissimulada depois que o fato veio a público. O relator afirma que a cassação é o único caminho possível.
[SAIBAMAIS]Após o relator, cada deputado tem 10 minutos para comentar o caso. Vilson Covatti (PP-RS) foi o primeiro a falar. Vilson é suplente de Eduardo da Fonte (PP-PE), que por sua vez é corregedor e não pode votar. Durante sua fala, Vilson fez uma comparação com julgamento da Lei da Ficha Limpa, quando Supremo Tribunal Federal considerou que as regras não poderiam retroagir.
Em seguida, falou Wladimir Costa (PMDB-PA). Ele já se declarou em outro momento ser contra a condenação de fatos cometidos fora do mandato. No entanto, na primeira sessão do conselho, Wladimir disse que estava na reunião para cassar Jaqueline. O deputado afirmou nesta quarta-feira (8/6) que "Jaqueline precisa ir para as rédeas da Justiça", mas demonstrou não concordar com julgamento na Câmara.
Por volta das 18h30, falava Chico Alencar, na condição de presidente do Psol, autor da representação contra Jaqueline Roriz. Alencar destaca que Jaqueline nunca se defendeu pessoalmente e que a deputada praticou atos criminosos de corrupção política.