O julgamento dos policiais militares de Goiás acusados de assassinar o ex-dono da rede de restaurantes Bargaço, Leonel Evaristo da Rocha, vai continuar durante a noite. O julgamento começou às 10h desta quinta-feira (9/6). A fase do interrogatório dos réus começou por volta das 18h, com a oitiva de Ismael Severino da Silva. O outro acusado será ouvido logo depois. Em seguida começam os debates.
[SAIBAMAIS]Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), durante a tarde, seis testemunhas prestaram depoimento, entre elas, um sobrinho de Ismael. Ele afirmou ter comprado em uma feira o celular que, de acordo com a acusação, teria pertencido à vítima. Outros familiares, arrolados pela defesa, sustentaram a versão do rapaz. Em seguida, Ismael, que está na PM de Goiás há 16 anos, foi interrogado e afirmou que nunca teve aparelho de celular.
Crime
Os réus Ismael Severino da Silva e Jarson de Jesus Pinto Cerqueira são acusados de terem sido contratados pelo ex-funcionário do restaurante, Luzivan Farias da Silva, para cometer o crime, que aconteceu no dia 14 de abril de 2008. De acordo com o processo, Luzivan e Leonel teriam ido ao estabelecimento localizado no Sudoeste. Na saída, Luzivan levou o patrão Leonel até a BR-450 no Setor de Postos e Móteis no Núcleo Bandeirante, onde a dupla Jarson e Ismael disparou contra a vítima. O homicídio foi motivado por um desejo de Luzivan em ocultar desfalques e irregularidades em uma franquia do Bargaço.
Os policiais teriam recebido R$ 200, em dinheiro, e um celular da vítima para simular um assalto e evitar o envolvimento do empregado na morte de Leonel da Rocha. Luzivan já foi julgado e condenado por homicídio e furto qualificados.