postado em 12/06/2011 08:00
Enquanto rodoviários e empresários encenam um conflito ;os primeiros querem reajuste salarial e os segundos aumento nas tarifas ;, na Câmara Legislativa os deputados enterraram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Urbano do DF (DFTrans), que pretendia investigar ex-gestores acusados de desviar R$ 2,9 milhões da autarquia entre 2007 e 2010. O presidente da Casa, deputado Patrício (PT), alegou que a pauta não era prioridade, mesmo diante das suspeitas de irregularidades como corrupção, tráfico de influência, dispensa de licitação para contratar serviços, entre outras.O autor da proposta de criação da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), criticou seus colegas parlamentares por não conseguir emplacar seu projeto. ;Enfrentamos alguns segmentos políticos interessados em investigar o futuro, porque boa parte deles têm o passado comprometido. É uma pena que não houve a firme disposição de se investigarem todas essas irregularidades no DFTrans, mas ainda bem que os órgãos do governo estão fazendo isso;, disse Vigilante.
As investigações mostraram que ex-diretores da autarquia desviaram R$ 2,93 milhões do convênio assinado entre o órgão e o Centro de Assistência Social às Pessoas Portadoras de Deficiências do DF (Casped), entidade sem fins lucrativos contratada para intermediar a indicação de servidores deficientes físicos ao DFTrans. No entanto, a maioria não apresentava necessidades especiais. Tratavam-se de parentes dos então diretores.