Na Paróquia Santo Antônio, na 911 Sul, a festa em homenagem ao padroeiro completa 25 anos. Hoje, além de oito missas, as atividades seguem até 1h, com 26 barraquinhas de comidas e bebidas, música e brincadeiras. Para receber um público que varia entre 5 e 6 mil pessoas por dia, quase 1,2 mil pessoas trabalham como voluntários. ;Santo Antônio é o que mais tem fiéis no Distrito Federal e em todo o Brasil;, estima Alexandre Trajano, integrante da comissão de festas da paróquia.
As crianças adoram a celebração e desfilam no pátio da igreja com saias rodadas e camisas xadrez. Ana Gomes levou as netas Vivian, de 2 anos, e Sarah, de 4, para brincar. ;Sou devota, mas até hoje o santo não me deu um novo companheiro;, reclama Ana, que ganhou uma imagem de presente da mulher do ex-marido. ;Disseram para eu colocar a imagem de cabeça para baixo, mas me recuso. Acho que isso só iria diminuir minhas chances;, completa, bem-humorada.
Elizabeth Gil fez questão de participar da farra acompanhada do neto Gabriel, de 2 anos. ;Gosto muito desta festa, as comidas são ótimas;, comenta. Enquanto muitos se divertem, a jornalista Cristine Genú trabalha em uma barraca de tortas. Ela diz que, este ano, vai pedir a uma amiga uma imagem de Santo Antônio. ;Todo mundo que recebeu esse santo dela acabou casando. Já casei, mas me separei e agora quero ganhar para casar de novo;, justifica. (Cpc)
De família nobre para o convento
Antônio de Pádua nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195, com o nome de Fernando de Bulhões. Era de família nobre, poderosa e rica. Aos 15 anos, para seguir a paixão pela religião, deixou o palácio em que morava para ir a Abadia de São Vicente, na periferia da cidade. Uma década mais tarde, foi ordenado sacerdote. Naquele mesmo ano, passou a seguir a ordem franciscana e se tornou frei Antônio. Morreu em 13 de junho de 1231, aos 36 anos. Foi canonizado em 30 de maio de 1232 pelo Papa Gregório IX.