Adelino de Souza Porto, de 56 anos, e Bruno Leonardo Vieira da Cruz, 29, serão indiciados por roubo triplamente qualicado por três agravantes - uso de arma de fogo, restrição de liberdade e por ter feito mais de uma pesoa refém -, informou o delegado titular da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), Watson Warmiling. Ele concedeu uma entrevista na noite desta terça-feira (14/6), após o desfecho do sequestro de quatro mulheres em uma casa na 711 Sul.
O cárcere durou mais de seis horas e terminou com as vítimas libertadas e a dupla presa por volta das 15h50 desta terça. Segundo o delegado, foi apreendido um revólver calibre .38, utilizado no crime. Na delegacia, os homens chegaram a falar que estavam sendo perseguidos e que se esconderam na casa, mas para o delegado eles entraram na residência para assaltar os moradores. "Foi um roubo. Eles passaram pela rua, viram uma porta aberta, renderam os moradores e começaram a subtração dos pertences", afirmou.
[SAIBAMAIS]Watson afirmou ainda que os dois assaltaram a família desistiram de fugir ao ver a polícia se aproximar da casa. O delegado confirmou que havia um homem dentro da casa no momento da abordagem, mas que ele teria conseguido fugir.
Ficha criminal
Adelino já tinha sido preso por um homicídio cometido em 2003 e por roubo qualificado. Ele cumpriu 28 anos de prisão e fugiu durante a última licença de liberdade condicional (saídão). Já Bruno cumpria quatro anos de pena por porte ilegal de arma, roubo e lesão corporal e estava em prisão domiciliar desde abril deste ano.
Drama
O sequestro teve início por volta das 9h30 desta terça-feira (14/6), dentro da casa 46 do bloco K da 711 Sul. Dois homens abordaram a freira, amiga da família, na porta da residência. A religiosa tocou a campainha e quando a dona da casa, Carmem Sartori, abriu a porta, os dois anunciaram o assalto.
A mulher de um dos pedreiros, Maria Lucia Bianquini, 50 anos, estava em um quarto, na parte da frente da casa, e ouviu o anúncio do assalto. Como a porta do cômodo estava fechada, os ladrões não perceberam a presença da mulher, que conseguiu fugir logo em seguida e chamar a polícia. Os dois pedreiros, que estavam fazendo uma reforma no telhado da casa, também conseguiram escapar.