postado em 18/06/2011 08:00
O barco Imagination, que naufragou em 22 de maio com pelo menos 110 pessoas ; nove morreram ;, continua próximo à margem do Paranoá. Por determinação da Justiça, os proprietários da embarcação, Flávia Carolina de Paula e Marlon José de Almeida, devem retirá-la do local. O prazo inicial estipulado foi de 15 dias, mas ficou acordado entre as partes que a data seria prorrogada por mais 15, ou seja, até 10 de julho. O advogado dos proprietários, Raul Livino, informou que deveria receber ontem o estudo de um técnico sobre a inviabilidade da retirada do barco, mas, até as 21h, a análise não havia chegado às mãos do defensor.De acordo com Livino, esse técnico apresentaria os motivos pelos quais o Imagination não poderá ser removido. ;É simplesmente impossível o proprietário fazer isso. Se bombeiros tiveram dificuldades, como uma pessoa vai conseguir? Ele não tem disponibilidade física, financeira ou técnica para retirar a embarcação;, alegou. Mas o advogado explicou que os proprietários já cumpriram outra determinação da Justiça, que solicitou a sinalização da área onde o barco está. Raul Livino informou ainda que encaminhará à Justiça um pedido para que os órgãos públicos assumam a responsabilidade sobre a retirada.
Por outro lado, o Corpo de Bombeiros do DF informou que apenas uma solicitação judicial poderá fazer com que os trabalhos sejam retomados no Lago. ;Não dá pra gente colocar dinheiro público em tudo o que é particular. Se o barco tem proprietários, a responsabilidades é deles e, portanto, são eles que devem tomar as providências;, afirmou o major Mauro Sérgio.
Um mês
O inquérito sobre o caso expira na próxima quinta-feira, quando completará 30 dias da abertura. Segundo o delegado-chefe da 10; Delegacia de Polícia (Lago Sul), Adval Cardoso, após essa data, o processo será encaminhado à Justiça com um pedido imediato de retorno, para que volte a ser apurado pela DP.
De acordo o delegado, após os laudos da perícia serem concluídos, os envolvidos vão ser indiciados. ;Estamos com dificuldade para localizar algumas pessoas para prestar depoimento, pois não possuímos nomes completos ou endereços. No entanto, os esclarecimentos que faltam não comprometem o andamento do processo;, informou Adval Cardoso.
O delegado adiantou ainda que três pessoas devem ser indiciadas, mas prefere aguardar a conclusão do inquérito para divulgar os nomes.