Cidades

Distrito Federal imuniza mais de 170 mil crianças neste sábado

postado em 18/06/2011 19:37
Uma força-tarefa de 2.282 funcionários da Secretaria de Saúde, da Polícia Militar e do Departamento de Trânsito (Detran-DF), foi feita neste sábado (18/6) para concluir a vacinação contra a Poliomelite. No total, 178.694 crianças foram imunizadas, o que corresponde a 89% das pessoas com idade para receber a imunização. A meta inicial era atender 95%. As duas gotinhas para as princesinhas e pequenos heróis do DF com até cinco anos de idade ajudarão a manter a erradicação da doença, que não tem casos registrados na capital desde 1987. Esta foi apenas a primeira fase do "Dia D" da imunização. A segunda dose já está marcada para 13 de agosto, quando todos os pequenos devem visitar o Zé Gotinha novamente.

Os 330 postos disponibilizados funcionaram normalmente até às 17h deste sábado. Quem não conseguiu ir a nenhum deles ainda pode levar o filho até o posto de saúde mais próximo e pedir as gotinhas gratuitas, de segunda a sexta-feira. "Esta é uma força-tarefa para manter o certificado internacional de erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem, concedido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Porém todos os bebês de dois, quatro e seis meses devem tomar a dose para completar a rotina do primeiro ano de idade", ressaltou a diretora de vigilância epidemiológica do DF, Sônia Geraldes.

Segundo ela, quando uma ação como essa é bem sucedida toda a sociedade é beneficiada. "A vacina é oral. Passa pela boca, intestino e volta para o meio ambiente protegendo-o do vírus", explicou. A prevenção garante que pessoas de outros países como a África e alguns locais da Europa não transmitam a doença ao visitar o Brasil. Em 2010, foram registrados 1.230 casos de poliomielite em todo o mundo.

[SAIBAMAIS]Mesmo tendo somente três anos Felipe Oliveira já sabe a importância de aderir à campanha. "Tenho que tomar as gotinhas para poder jogar futebol, correr. E nem doeu", disse após receber a prevenção no Centro de Saúde de Brasília n; 8 (514 Sul), logo na primeira hora de abertura do local. A mãe de Felipe, Gislaine Oliveira, 35 anos, acredita que a consciência do filho vem de explicações sinceras e da campanha de vacinação. "Sempre falo a verdade. Se vai doer, converso com ele. Falo sobre a importância e dou exemplos práticos sobre o que pode acontecer caso ele não tome a vacinação", contou.

Na Asa Norte, a fisioterapeuta Carla Rezende, 36 anos, aproveitou o pouco movimento do posto de vacinação do supermercado Pão de Açúcar para imunizar Eduardo, de um ano. "Aqui é bem mais vazio, mais rápido. Sempre vacinei ele no posto, mas gostei dessa nova experiência. É perto de casa e mais tranquilo", ressaltou. Na Estrutural , Davi, 7 meses, deu um show de coragem. Adorou as gotinhas e sorriu no colo do pai enquanto recebia a dose. "Essa é a primeira vez dele. Acho legal eles abram aos sábados para nos atender. Trabalho nos dias de semana, é mais complicado", disse o policial militar Wilson Ferreira, 37 anos.

Há 32 anos as campanhas de vacinação acontecem também em supermercados, shoppings centers, escolas e outros. No Brasil, a doença que causa a paralisia infantil não tem casos registrados desde 1990.

Saiba Mais
A poliomielite ou "paralisia infantil" causa déficit motor geralmente em membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular. A doença encontra-se erradicada no país desde o início dos anos 90, devido ao sucesso das campanhas de vacinação. O último caso da doença registrado no país foi em 1989, no município de Souza, na Paraíba.

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