postado em 25/06/2011 08:05
Uma pequena sala guarda um violão e partituras. Na parede, fotos de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, algumas das celebridades que visitaram o Catetinho nos anos 1950. A dupla veio compor a Sinfonia da Alvorada, encomendada por JK. O violão exposto ali pertencia ao violonista e compositor Dilermando Reis.O instrumento dedilhado por Dilermando, um violão Del Vecchio feito em pinho e jacarandá, levava um pouco de cor às noites no Catetinho, durante as serestas. ;Passamos noites intermináveis, escuras como breu, amenizadas pelo meu violão. Orgulho-me dessa modesta contribuição;, afirmou Dilermando Reis, em texto exposto no palácio.
Ali, estão também partituras, revistas e outros objetos de valor inestimável. O violão foi doado ao acervo pela família do músico. As garrafas de cachaça com rótulos antigos foram mantidas nas prateleiras do corredor, entre os quartos.
A avaliação dos visitantes sobre a conservação do Catetinho, em geral, é positiva. Morador de Brasília há 30 anos, o engenheiro civil Luiz Alberto Marques, 56 anos, morador do Lago Norte, visitou o ponto turístico pela primeira vez ontem. ;Aproveitei a pausa do feriado. A impressão é boa, achei bem conservado, apesar da simplicidade;, opinou. ;Você fecha os olhos e vive aquela época;, contou a engenheira civil Ângela Trabulsi, 53, que mora em São Paulo. ;Reformar tudo bem. Só não podem mudar as características de época. Senão perde o encanto;, afirmou a empresária Fátima Figueiredo, 49, moradora da Asa Sul.