Cidades

Alunos da UnB se mobilizam e organizam eventos contra homofobia

postado em 30/06/2011 14:57

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) se mobilizaram e organizaram a Semana de Direito e Gênero. O objetivo dos alunos do curso de Direito é criar um espaço para discussão sobre a situação dos homossexuais, problemas e propostas. De acordo com a organização, o balanço da semana é positivo e as presenças do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, e do deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ), ajudaram. A programação começou na última segunda-feira (27/6).

Segundo a estudante Renata Costa, participante e uma das organizadoras, o debate sobre esse assunto é essencial. "A faculdade de Direito está muito fechada para esses temas. Apesar das últimas decisões do STF, faltam espaços de conversa, abertura para diálogo e não podemos continuar assim". Segundo Renata, "para ser jurista, precisa-se estar ciente de como está a sociedade e, portanto, deve-se interar e participar de discussões sobre os direitos homossexuais".

De acordo com participantes, o parlamentar do Rio relatou os problemas que já teve por ser homossexual. Já o ministro do Supremo focou na parte constitucional do assunto. Ayres Britto apresentou fundamentos jurídicos para que a discriminação acabe. Renata Costa informou que houve também relatos de uma mulher que teve problemas devido a opção sexual.

Contra homofobia
Os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) também discutem a homofobia no Anfiteatro nove desde a última quarta-feira (29/6). Nesta quinta-feira (30/6), será discutida e vota a criação de um grupo de trabalho (institucional) de combate à discriminação.

"Com essas discussões, esperamos, finalmente, combater a homofobia na universidade", disse o coordenador Devs Oliveira. Ele afirma que "vários casos de violência física contra gays são vistas na UnB e nada acontece. Com a criação do grupo, a tendência é que diminuam estes casos".

Haverá votação sobre a criação do grupo e os participantes do encontro devem relatar problemas de homofobia e propor melhorias. A plenária está marcada para começar às 14h.

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