postado em 02/07/2011 08:45
A apreensão de drogas cresceu neste primeiro semestre. Dados divulgados nesta sexta-feira pela Polícia Civil indicam que o crack (subproduto da cocaína) é a substância com maior circulação nas regiões administrativas do Distrito Federal. Até o fim de junho, a quantidade recolhida dobrou em comparação com os primeiros seis meses do ano passado. Já em relação à maconha, o crescimento é de 22%. A única queda registrada foi no total apreendido de cocaína (veja quadro). Os policiais acreditam que a redução se deve à migração dos usuários para o crack. No período analisado, foram presos 1,7 mil traficantes, ou quase 10 por dia.A direção da Polícia Civil apresentou as estatísticas e garantiu que vai fazer mais ações de combate. De janeiro a junho, foram retirados das ruas 371 kg de maconha. Já de crack, foram 35kg contra 16kg do mesmo período anterior. ;As pessoas estão trocando a cocaína pelo crack, que é uma droga mais barata;, informou a diretora da corporação, Mailine Alvarenga. Ela não acredita que tenha ocorrido um aumento do tráfico e do consumo de drogas no DF.
O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, garantiu que uma das prioridades da pasta é o combate à disseminação da substância com maior circulação no DF. ;Estamos em alerta e lutando contra o tráfico. Faremos ações para diminuir, principalmente, o crack nas ruas;, frisou Avelar. O número de traficantes presos aumentou em 56%. O de usuários levados às delegacias também cresceu ; passou de 1.739 para 2.296.
Entre a noite da última quinta-feira e a manhã de ontem, 595 policiais civis realizaram a operação DF - 24h sem drogas. As 31 delegacias circunscricionais do Distrito Federal participaram da ação, que levou 151 pessoas às unidades policiais. Dos detidos, 74 eram usuários de drogas e foram liberados após assinarem termo de comparecimento à Justiça. Outros 30 foram presos por tráfico, crime cuja pena pode chegar a 15 anos de reclusão. Durante a ação, também foi apreendido 1,25kg de entorpecentes, entre crack, cocaína e maconha.