postado em 14/07/2011 12:29
Investigações da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da Polícia Civil levaram à prisão de quatro traficantes na noite dessa quarta-feira (14/7). A droga era fornecida por traficantes de Ceilândia e servia para alimentar a guerra entre facções rivais em Brazlândia. Dos quatro acusados, três cumpriam pena em um Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Segundo o delegado coordenador da Cord, Luiz Alexandre Gratão, eles "traficavam durante o dia e dormiam sob a proteção do Estado à noite".[SAIBAMAIS]
Ainda segundo o delegado, em Brazlândia, quem chefiava o tráfico era uma jovem de 22 anos, Lídia Ingrid dos Santos Souza. Ela e o irmão, Frank Ribeiro dos Santos Souza, 19, são velhos conhecidos da polícia, por fornecer drogas e instigar a guerra entre facções.
Três meses de investigação levaram a polícia até Edvaldo Vieira Santos, 50 anos, mais conhecido pelo apelido "Reco", e Raimundo Florismar da Silva, 49, mais conhecido como Flores. Eles foram flagrados várias vezes, durante as apurações, entregando drogas na casa de Lídia, também detenta da CPP, em Brazlândia. "A gente sabia que quando eles saíssem iriam traficar, que nunca deixariam de ser traficantes, por isso, seguimos os pessos deles", previu o delegado.
Edvaldo havia sido condenado a 21 anos de prisão, em 2007, por tráfico de drogas. Menos de quatro anos depois, ele já estava em liberdade, pelo benefício de cumprir a pena em regime semi-aberto. A situação de Raimundo é idêntica, também foi condenado e posto em liberdade pelo mesmo benefício. Ambos cumpriam rigorosamente a exigência de voltar à penitenciária para dormir, mas, segundo a Cord, utilizavam o dia para cometer os atos ilícitos.
A polícia encontrou com os acusados cerca de 1,2 quilo de maconha separada em porções, um quilo de pasta base de cocaína, 500 gramas de cocaína pronta e embalada para o consumo, uma pistola 9mm de uso restrito, um Fiat Palio e um GM Astra, além de duas motos e R$ 2,5 mil em dinheiro.
Todas as pessoas presas ontem vão responder pelo crime de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Somada, a pena máxima pode chegar a 25 anos de reclusão. Segundo o delegado, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, o que significa que os acusados não poderão ser soltos tão cedo, e devem aguardar o julgamento na cadeia.