Quem mora em Brasília já deve ter ouvido a expressão de que aqui é preciso ter cabeça, tronco e rodas para se locomover. O projeto de Ações Fiscais para a Acessibilidade pretende mudar isso a partir da construção de calçadas em torno de canteiros de obras e edificações privadas, para facilitar o acesso de pedestres. Esse projeto será discutido na quinta-feira (21/7) em uma reunião entre representantes da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) e a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi).
;Brasília precisa começar a trabalhar para os pedestres, entre eles, deficientes físicos. Aqui eles ficam em segundo plano, todos pensam em locomoção a partir de automóveis;, afirmou a coordenadora do projeto da Agefis, Márcia Muniz. De acordo com ela, a reunião servirá para apresentar a metodologia de procedimento de como funcionará a fiscalização de todas as novas edificações e nas que estão andamento. ;O fiscal terá um formulário com os tópicos que as pessoas devem que seguir. E durante a vistoria para concluir a obra, será testada a condição de acessibilidade;, explicou.
Segundo a coordenadora do projeto, a legislação do Código de Edificações do DF já prevê a exigência de calçadas. ;Isso não representa um custo a mais para as empresas;, afirmou. Ainda de acordo com Márcia, a implantação acontecerá a partir deste ano, com a parceria estabelecida com as empresas.
O presidente da Ademi, Adalberto Valadão, acredita que o setor imobiliário deve contribuir para a questão de mobilidade urbana. ;A impressão que eu tenho é que iremos acatar a esse projeto e cumprir com as normas que já existem, é uma questão de cultura e implantação. É assim que a Ademi vai orientar;, contou o presidente da associação.