postado em 30/07/2011 08:00

O prazo para as famílias desocuparem as casas que invadiram na Estrutural terminou à 0h de hoje. Embora a maioria já tenha deixado a área, ainda há cerca de 60 casas invadidas entre as 316 ocupadas de modo irregular.
O grupo que permanece no local aguarda o recebimento do auxílio-aluguel no valor de R$ 408 para sair das residências, como parte de um programa de habitação do Distrito Federal. Só ontem já foram disponibilizados 144 auxílios e hoje devem sair mais 20.
O secretário adjunto de Articulação da Secretaria de Governo, Reinaldo Gomes,verificou quantas pessoas ocupam a região ilegalmente e informou que vai providenciar o auxílio-aluguel.
Por conta do pagamento do benefício, as famílias em situação irregular ganharam mais o fim de semana de prazo. Porém, se até segunda-feira os invasores continuarem resistindo à mudança e permanecerem no local, a Polícia Militar será acionada para retirá-los à força. Além disso, as pessoas serão automaticamente excluídas dos programas de habitação do GDF.
Segundo o tenente-coronel Roberto Carlos Ninault, tal medida não será necessária. ;Não queremos confronto e temos conversado com algumas lideranças para que elas saiam de modo pacífico.;
Ocupantes ouvidos pelo Correio relataram que não têm interesse em resistir para sair do espaço. ;A gente está aqui porque não tem para onde ir. Só saio daqui com o dinheiro do aluguel na mão;, disse Ana Aldacy da Silva Souza, 21 anos.
Enquanto o impasse está sendo resolvido, as famílias beneficiadas pelo programa de habitação já começaram a se mudar para as residências. Durante todo o dia de ontem, caminhões de mudança cedidos pelo governo transportaram os móveis das famílias para as casas populares desocupadas. O processo de transferência tem sido feito com o apoio da Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água (Sudesa), mas alguns moradores enfrentam problemas. Muitas casas foram saqueadas pelos invasores, que levaram fiação elétrica, vasos sanitários, torneiras e pias, além de depredarem portas e janelas.