Cidades

Número de beneficiados por medicamentos gratuitos quadruplica no DF

No DF, hipertensos representam 23% da população e a maior incidência é nos homens, 28,8%. As mulheres correspondem a 18,1% do total de afetados

postado em 09/08/2011 12:40
Apenas no período entre janeiro e julho, o número de hipertensos e diabéticos beneficiados com medicamentos gratuitos ou descontos de até 90% saltou de 6 mil para 27 mil no Distrito Federal. Este índice se multiplicou por quatro em apenas sete meses. O número total de pessoas que já se beneficiaram no DF com o programa "Aqui Tem Farmácia Popular", do ministério da Saúde, é de 60.518, já inclusas as pessoas acometidas por outras doenças, que também são assistidas pelo programa.

A quantidade de pessoas com diabetes atendidas em janeiro era de 2.328, em julho já somavam 10.271. No caso da hipertensão, o índice foi multiplicado por cinco, passando de 4.244 para 19.884.

Portadores de asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, gripe e tratamento contra o colesterol alto e outras disfunções sanguíneas podem adquirir remédios com até 90% de desconto, mas, ao contrário de diabéticos e hipertensos, não têm direito à gratuidade. Para ter acesso ao benefício, o usuário deve apresentar o CPF, um documento com foto e a receita médica em qualquer um dos mais de 500 estabelecimentos credenciados. Um documento será emitido, o usuário deve assinar e levar uma das vias consigo, deixando a outra na farmácia.

Hipertensão
De acordo com um estudo da Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, esta é uma doença que atinge um em cada quatro brasileiros maiores de 18 anos. No DF, este número é de 23% da população e a maior incidência é nos homens, 28,8%. As mulheres correspondem a 18,1% do total de afetados.

Mais conhecida como pressão alta, a hipertensão é o desequilíbrio entre o volume de sangue em circulação e a capacidade dos vasos sanguíneos. Ocorre quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias é igual ou superior a 14 por 9. Caso não seja controlado, pode levar o paciente à morte.

Diabetes
O mesmo estudo da Vigilância de Risco constatou que, no DF, a doença atinge 4,4% da população adulta. Neste caso, as mulheres são maioria, 5%, e os homens representam 3,9% deste número.

Há duas formas de manifestação da doença. Na do Tipo 1, as células do pâncreas são destruídas e o organismo não consegue produzir o hormônio insulina, responsável pela entrada de glicose nas células. Não há uma maneira de reativar essas células do pâncreas, por isso, estes pacientes devem injetar insulina para absorver a glicose.

Já no Tipo 2, o organismo apresenta uma resistência à insulina, pois as células não conseguem aproveitar todo o hormônio produzido pelo pâncreas ou há produção insuficiente. É o tipo mais comum da doença. Obesidade e fatores hereditários são determinantes nestes casos. Os sintomas são mais brandos e a doença pode permanecer despercebida por bastante tempo.

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