postado em 09/08/2011 12:40
Apenas no período entre janeiro e julho, o número de hipertensos e diabéticos beneficiados com medicamentos gratuitos ou descontos de até 90% saltou de 6 mil para 27 mil no Distrito Federal. Este índice se multiplicou por quatro em apenas sete meses. O número total de pessoas que já se beneficiaram no DF com o programa "Aqui Tem Farmácia Popular", do ministério da Saúde, é de 60.518, já inclusas as pessoas acometidas por outras doenças, que também são assistidas pelo programa.A quantidade de pessoas com diabetes atendidas em janeiro era de 2.328, em julho já somavam 10.271. No caso da hipertensão, o índice foi multiplicado por cinco, passando de 4.244 para 19.884.
Portadores de asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, gripe e tratamento contra o colesterol alto e outras disfunções sanguíneas podem adquirir remédios com até 90% de desconto, mas, ao contrário de diabéticos e hipertensos, não têm direito à gratuidade. Para ter acesso ao benefício, o usuário deve apresentar o CPF, um documento com foto e a receita médica em qualquer um dos mais de 500 estabelecimentos credenciados. Um documento será emitido, o usuário deve assinar e levar uma das vias consigo, deixando a outra na farmácia.
Hipertensão
De acordo com um estudo da Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, esta é uma doença que atinge um em cada quatro brasileiros maiores de 18 anos. No DF, este número é de 23% da população e a maior incidência é nos homens, 28,8%. As mulheres correspondem a 18,1% do total de afetados.
Mais conhecida como pressão alta, a hipertensão é o desequilíbrio entre o volume de sangue em circulação e a capacidade dos vasos sanguíneos. Ocorre quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias é igual ou superior a 14 por 9. Caso não seja controlado, pode levar o paciente à morte.
Diabetes
O mesmo estudo da Vigilância de Risco constatou que, no DF, a doença atinge 4,4% da população adulta. Neste caso, as mulheres são maioria, 5%, e os homens representam 3,9% deste número.
Há duas formas de manifestação da doença. Na do Tipo 1, as células do pâncreas são destruídas e o organismo não consegue produzir o hormônio insulina, responsável pela entrada de glicose nas células. Não há uma maneira de reativar essas células do pâncreas, por isso, estes pacientes devem injetar insulina para absorver a glicose.
Já no Tipo 2, o organismo apresenta uma resistência à insulina, pois as células não conseguem aproveitar todo o hormônio produzido pelo pâncreas ou há produção insuficiente. É o tipo mais comum da doença. Obesidade e fatores hereditários são determinantes nestes casos. Os sintomas são mais brandos e a doença pode permanecer despercebida por bastante tempo.