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Focos de incêndio já devastaram 5,5 mil hectares de matas no DF

postado em 20/08/2011 08:00
Bombeiro controla o fogo no Parque Ecológico Bernardo Sayão
O último levantamento do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros apontou para um aumento de áreas devastadas por incêndios no Distrito Federal este ano em relação a 2010. Até o último dia 17, 5.500 hectares de matas foram tomados pelo fogo e 1.703 ocorrências registradas, enquanto, até o fim de agosto do ano passado, 5.800 hectares acabaram destruídos. O subcomandante da equipe, Marcos Antônio Apolônio, alerta que a extensão dos territórios assolados até agora é mais expressiva do que em 2010. ;Há 10 dias, percebemos um salto de ocorrências de queimadas. Vinha abaixo do patamar, mas, se continuar desse jeito, é provável que chegue a 6 mil hectares;, explicou o oficial.

Entre as 40 ocorrências de incêndio que o Corpo de Bombeiros registrou ontem, a maior chegou a atingir 132 hectares. Foi no Parque Ecológico Bernardo Sayão, uma área de proteção ambiental (APA) localizada entre o Condomínio Solar de Brasília, na QI 27/29, e a Ponte JK. As labaredas atingiram o terreno por volta das 12h. Vinte bombeiros e quatro carros de combate a queimadas foram utilizados para controlar a situação, que durou quatro horas. Por sorte, o fogo não chegou a atingir casas ao redor do cerrado nativo e a rede elétrica. ;Conseguimos controlar com menos dificuldade porque o mato não era denso e porque o vento hoje estava moderado;, contou o major Humberto Marques.

Ocorrências
Também ontem, os servidores tiveram dificuldades em controlar um foco de incêndio que devastou uma área de chácaras na Estrutural. Por conta da vegetação alagadiça e do difícil acesso ao local, uma equipe de 15 homens sofreu para chegar ao ponto, que fica atrás do lixão da cidade. Um terreno próximo ao posto da Companhia de Polícia Rodoviária (CPRv) da região também foi assolado pelas chamas. Em São Sebastião, o Corpo de Bombeiros registrou dois pontos de queimadas.

Cerca de 6 mil m; de cerrado no bairro Morro Azul acabaram consumidos por um incêndio. Enquanto um grupo combatia as chamas no local, outro foco se alastrava em um matagal no bairro Del Rey. ;O momento mais complicado é na parte da tarde, quando a umidade está mais baixa. As condições climáticas estão favorecendo o aumento no número de casos de incêndios;, explicou Marques.

No Lago Oeste, um terreno de 2.261m; sofreu com o fogo. Considerado de pequena proporção para os bombeiros, esse incêndio demandou três horas para ser combatido. Do outro lado do DF, no Gama, parte da área de proteção ambiental conhecida como Cabeça de Veado se encobriu de fogo, por volta das 15h. Cinco servidores do Corpo de Bombeiros e um carro da entidade foram deslocados para o ponto.

Para combater incêndios em todo o Distrito Federal, o grupamento de proteção ambiental conta com 120 militares diariamente. No entanto, no período vespertino, o quadro cresce para 150. ;A incidência maior de focos é entre 13h e 19h, quando a umidade fica menor;, destacou o subcomandante Marcos Antônio Apolônio.

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