A oferta de ensino religioso para crianças e adolescentes nas escolas particulares do Distrito Federal divide a opinião de pais. Apesar da polêmica, todos acreditam que o fator decisivo na hora de matricular os filhos em um colégio é a qualidade do ensino oferecido. Ao escolher a escola dos dois filhos, o advogado Paulo Tominaga, 41 anos, optou por uma instituição que tivesse alinhamento com valores cristãos. ;Foi um fator importante porque compartilho dos mesmos princípios. Pedro Paulo e Rafael estudam em um colégio católico;, disse.
A médica Débora Morais, 43 anos, matriculou o filho Rafael, 10, em um colégio laico, pois acredita que as crianças podem se confundir com a religião da escola e a de casa. ;Optei por uma escola com boa referência e ensino de qualidade. Mas o Rafael já estudou em uma instituição católica e nunca tive problemas;, avaliou.
O colégio laico também foi a escolha do servidor público Elvio Dias, 34 anos, para o filho Arthur, 11. Dias é espírita, estudou em escola católica, mas levou em consideração, principalmente, a qualidade do ensino quando foi matricular o filho. ;Minha outra filha estuda em escola religiosa. Não tenho nenhum problema. Meu filho tem a liberdade de escolher a crença que vai seguir;, ponderou.
A web designer Melissa Patus, 32 anos, levou em consideração o credo da escola quando matriculou a filha Maria Mel em uma instituição presbiteriana. Embora seja católica, Melissa acredita que a possibilidade de a filha estudar em um colégio protestante pode ser importante para a formação cultural. ;Sou bem eclética e gosto de estudar, por exemplo, o budismo. A escola abre os horizontes para as crianças e quanto mais conhecimento melhor.;